Levantamento DataFórum desta quarta-feira (1) mostra que dois assuntos permanecem como os principais do Twitter: a tragédia Yanomami e a disputa pela presidência do Senado, que corre o risco de ser conquistada pela extrema direita.
No que diz respeito à tragédia humanitária do povo Yanomami, o assunto ganhou novo desdobramento a partir do momento em que o ex-presidente Bolsonaro compartilhou em suas redes um vídeo de Aldo Rebelo onde este defende a presença do garimpo em Território Indígena (TI).
Para os perfis da esquerda, Aldo Rebele concluiu com êxito o seu giro à direita. Já para as comunidades da extrema direita, Aldo foi alçado garoto propaganda das teses contrárias à proteção aos povos indígenas e favoráveis à exploração de territórios indígenas.
Além disso, a disputa pela presidência do Senado, que se dá entre Pacheco (PSD-MG) e Marinho (PL-RR), deu novo gás à extrema direita nas redes e fez com que os liberais se juntassem novamente com os bolsonaristas na sanha para contra a democracia e com a missão de fustigar o governo Lula (PT).
Os progressistas, somado a comunidade pop, tiveram 49% das menções no Twitter. A extrema obteve 41% das citações.
Foram analisados 498.421 a partir das tags lulaoficial, @lulaoficial, jairbolsonaro, @jairbolsonaro, lula, bolsonaro, @ptbrasil, ptbrasil, @plnacional_, plnacional_.
Progressistas
Os grandes destaques entre os progressistas foram o jogador de vôlei Wallace e a eleição para a Presidência do Senado.
A campanha para Pacheco e contra o Marinho mobilizou influenciadores, que pressionaram parlamentares a não voltarem junto com os bolsonaristas, lembrando que isso os transformaria em cúmplices dos golpistas e terroristas.
Wallace, que estimulou em suas redes sociais o assassinato de Lula, foi repudiado e internautas cobraram sua punição, afirmando que ele cometeu crime. Publicações sobre a liderança de Lula no cenário internacional também gerou bastante engajamento.
Extrema direita
Aldo Rebelo, compartilhado por Bolsonaro, gerou o maior engajamento na extrema direita, seguido pela campanha contra Pacheco e à favor de Marinho, para presidência do Senado.
O uso de recursos do orçamento secreto, para asfaltar a estrada que passa em frente sua fazenda, motivou ataques da extrema direita ao Ministro das Comunicações.
Figuras bizarras do bolsonarismo fizeram campanha “Fora Lula”.
Cultura pop
Influenciadores lamentaram, em tom jocoso, que nenhuma igreja foi fechada no Governo Lula.
O retumbante fracasso de Bolsonaro na política internacional foi alvo de chacota e contrastada com o sucesso de Lula.
Bolsonaro foi utilizado de maneira depreciativa em comentários referentes ao BBB e Lula foi cobrado, com bom humor, por não ter dado picanha nem arrumado namorados e namoradas para ninguém.
Direita liberal
A direita liberal reclamou bastante por Lula não apoiar a OTAN e manter a independência do Brasil no cenário internacional, criticando o Presidente por não ter condenado a Rússia de maneira clara.
Os liberais apoiaram o candidato Bolsonarista à presidência do Senado, Rogério Marinho.