“A Meta explorou tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair e, em última instância, prender jovens e adolescentes com o objetivo de obter lucros”. É o que afirmam procuradores-gerais de mais de 40 estados dos EUA, em denúncia apresentada no tribunal da Califórnia, nesta terça-feira (24).
As entidades acusam a gigante da tecnologia de manipular, através das redes sociais Facebook e Instagram, jovens e prejudicar a saúde física e mental desses usuários. Segundo a denúncia, a Meta “ocultou a forma como estas plataformas exploram e manipulam seus consumidores mais vulneráveis” e “negligenciaram os danos consideráveis que essas plataformas causaram à saúde mental e à saúde física dos jovens do nosso país”.
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Em resposta, a empresa disse que está “decepcionada de que os procuradores-gerais tenham escolhido esse caminho, em vez de trabalhar produtivamente com as empresas do setor para criar normas claras e adaptadas à idade dos inúmeros aplicativos usados por adolescentes”.
O porta-voz do grupo também afirmou que a empresa compartilha “o compromisso dos procuradores-gerais de proporcionar aos adolescentes experiências online seguras e positivas, e já introduzimos mais de 30 ferramentas para apoiar os adolescentes e suas famílias”.
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Denúncia
No começo de outubro, a ex-funcionária do Facebook Frances Haugen, engenheira de informática, vazou mais de 20 mil páginas de documentos internos que mostravam que a rede social prejudicava a saúde mental dos usuários. Diante de parlamentos de diversos países, ela denunciou que a empresa colocava seus lucros à frente da segurança.
Após esse episódios, os parlamentares, tanto democratas quanto republicanos, resolveram abrir um processo contra a Meta. Eles afirmam que as funções do Facebook e do Instagram foram desenhadas para “manipular os usuários jovens para que façam um uso compulsivo e prolongado das plataformas”. As entidades também acusam a plataforma de mentir para os usuários ao assegurar que seus produtos eram seguros e adequados para adolescentes, e de “publicar propagandas enganosas” a respeito.