10 passos para você avaliar seu grau de dependência do celular:
- Você acorda, a primeira coisa que faz é olhar o celular.
- Você vai ao banheiro com o celular.
- Toma café, almoça e janta com o celular ao lado.
- No cinema, tira o áudio, deixa só na vibração e mesmo assim de vez em quando confere pra ver se tem mensagem nova.
- No transporte, mesmo dirigindo, você não deixa de conferir o celular nas paradas de trânsito.
- No trabalho, você confere o celular. Se for proibido, vai mais vezes ao banheiro para dar uma conferidinha.
- Na praia, na piscina, no lazer, você não passa sem conferir se chegou zap. Não vê diversão se não registrar os momentos na câmera do celular.
- Fica muito angustiado quando a bateria está no fim e não tem carregador por perto.
- "Naquelas horas", mesmo com o celular mutado, perde a concentração se vê a luzinha piscando ou a vibração, e se desconcentra.
- Vai para cama dormir com o celular ligado pra dar uma última conferida.
Cravou as 10?
Você é uma pessoa comum, viciada em celular. Por mais que não queira admitir, que diga que pode largar a qualquer hora, que racionalize e diga que só o faz por trabalho, preocupação com a família, compromissos...
É vício. E quem nos vicia sabe disso. Sabe que todos esses aplicativos são feitos para que não nos desliguemos do celular.
Tanto que Zuckerberg, o mandachuva da Meta, que inclui Facebook, Instagram, Whatsapp, não quer saber de suas crianças pequenas com celular.
O CEO da Apple, Tim Cook, disse neste ano que não deixaria seu sobrinho entrar nas redes sociais. Bill Gates proibiu os celulares até que seus filhos chegassem à adolescência e Melinda Gates escreveu que gostaria de ter esperado mais. Steve Jobs não deixava seus filhos pequenos chegarem perto de iPads.
Chris Anderson, ex-editor da revista Wired e hoje CEO de uma empresa de robótica e drones diz que “Na escala entre doces e crack, [as telas] estão mais perto do crack”.
Por isso é tão fundamental a regulamentação das redes sociais.
Por isso também é que Google, Meta, Amazon investem milhões para nos convencer de que regulamentação das redes sociais é censura. Não é.
Eles protegem os filhos deles mas não querem que protejamos os nossos e a nós mesmos dos perigos que eles sabem que representam.
O primeiro passo para se livrar de um vício é reconhecer que está viciado e começar a buscar meios de se livrar do vício, "desmamando", como se faz com tarjas pretas, diminuindo aos pouquinhos a dependência. Isso no plano individual. Mas no geral, só com a regulamentação das redes sociais. O que deve ser para já.
Agora chega que estou cheio de mensagens.
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