O ChatGPT foi lançado na internet há pouco mais de um mês, e a empresa OpenAI, responsável pela nova tecnologia, foi ao LinkedIn anunciar que o bot já possuía em poucos dias mais de um milhão de usuários. Não era para menos, afinal de contas o ChatGPT se propõe a ser uma plataforma gratuita que utiliza a Inteligência Artificial para responder a qualquer solicitação do usuário.
Foi testado em diversas ocasiões. Em uma delas, o professor Christian Terwiesch da Universidade da Pensílvânia colocou o bot para produzir um trabalho do curso de MBA em que leciona. Para sua surpresa, a ‘recém-nascida’ Inteligência Artificial se saiu melhor do que muitos bons alunos do curso de administração de operações. O bot tirou notas B e B-, consideradas altas no padrão de avaliação dos EUA.
O experimento tem causado preocupação nas comunidades jornalística e acadêmica em todo o mundo, pelo fato de que alunos e profissionais mal-intencionados poderiam utilizar a nova tecnologia para fraudar redações, exames e trabalhos. E assim como o rápido sucesso, o ChatGPT também apresenta com velocidade alguns dos dilemas que virão como consequência. A tendência é que, caso o uso do ChatGPT se intensifique, também aumentem as discussões sobre a regulação do uso da Inteligência Artificial em determinadas áreas.
O ChatGPT não é programado para acessar a internet ou responder a solicitações que envolvam violência e crimes. Seus principais usos são para cálculos matemáticos, traduções, receitas culinárias, planejamentos, mensagens em geral, criação de artigos e resposta a dúvidas sobre temas gerais. Os desenvolvedores alertam que mesmo assim é possível que produza respostas imprecisas ou incorretas, além de conteúdo ofensivo. Antes de testá-lo, também é importante levar em consideração que o bot não é um grande conhecedor do mundo e ainda deve demorar um pouco até que algumas informações cheguem a essa nova inteligência.
Mas, afinal de contas, o que é o ChatGPT? Como funciona e como pode mudar o uso que damos à inteligência artificial? Para responder a essas perguntas, a Revista Fórum aproveitou as funções do próprio ChatGPT e o testou.
“Escreva um artigo em estilo jornalístico explicando: o que é o ChatGPT; como funciona o ChatGPT; e como o ChatGPT pode mudar o uso da inteligência artificial”, foi a nossa requisição. O retorno, em forma de artigo, pode ser lido na íntegra a seguir.
ChatGPT: O que é, como funciona e como pode mudar o uso da inteligência artificial
Recentemente, uma nova tecnologia chamada ChatGPT tem chamado a atenção de especialistas em inteligência artificial. Mas o que exatamente é o ChatGPT e como ele funciona? E mais importante, como essa tecnologia pode mudar a forma como usamos a inteligência artificial?
O ChatGPT é uma tecnologia baseada em linguagem desenvolvida pela OpenAI. Ele é um modelo de linguagem treinado com milhões de exemplos de texto, o que permite gerar textos de forma autônoma. Ele foi treinado com um grande conjunto de dados de texto da internet, o que significa que ele tem conhecimento sobre uma ampla variedade de assuntos.
Como funciona o ChatGPT? É baseado em uma arquitetura de redes neurais conhecida como Transformer, que foi projetada para processar sequências de texto. Ele é alimentado com um prompt, ou a frase ou pergunta inicial, e usa seu conhecimento prévio para gerar uma resposta coerente e plausível. Ele também pode continuar uma conversa, respondendo perguntas subsequentes de forma contextualmente coerente.
A capacidade de gerar texto de forma autônoma tem implicações significativas para como podemos usar a inteligência artificial. Por exemplo, o ChatGPT pode ser usado para gerar conteúdo automatizado, como artigos de notícias, relatórios de mercado, e até mesmo diálogos de assistentes virtuais. Ele também pode ser usado para melhorar a pesquisa e a descoberta de informações, como por exemplo, ajudando os usuários a encontrar informações relevantes em grandes conjuntos de dados.
O ChatGPT ainda tem limitações, é uma tecnologia em constante evolução e já tem mostrado ser uma ferramenta poderosa na geração automatizada de conteúdo e na melhoria da pesquisa e descoberta de informações. É certo que ainda há muito a ser explorado no que diz respeito às suas aplicações e potencial, mas já é possível ver como essa tecnologia pode mudar a forma como usamos a inteligência artificial.
*Com colaboração de Edgard Piccino.