ELEIÇÕES 2022

DataFórum: ataque de Douglas Garcia contra Vera Magalhães nacionaliza disputa pelo governo de SP

No campo nacional, extrema direita, incentivada por Bolsonaro, retoma discurso de medo e caos caso o presidente perca a eleição

DataFórum: ataque de Douglas Garcia contra Vera Magalhães nacionaliza disputa pelo governo de SP.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Levantamento DataFórum desta quinta-feira (15) mostra que os ataques misóginos e violentos politicamente do deputado Douglas Garcia (Republicanos-SP) contra a jornalista Vera Magalhães nacionalizaram a disputa pelo governo do estado de São Paulo. 

Após o término do debate entre os candidatos ao Palácio dos Bandeirantes, que ocorreu nesta terça-feira (15), na TV Cultura, Douglas Garcia, nos bastidores do evento, partiu pra cima da jornalista e, assim como Bolsonaro, a atacou dizendo que ela "é uma vergonha para o jornalismo" e "paga para falar mal do governo federal". 

Com a ampla repercussão do caso, a disputa pelo governo estadual de São Paulo se nacionalizou e, temerosos de que respingue em forma de rejeição e perda de votos para o candidato bolsonarista ao governo de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a alta cúpula do bolsonarismo foi à campo e simulou o fato de que Garcia é um personagem marginal da claque de extrema direita. 

No entanto, apesar da tentativa de figuras como Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o próprio Tarcísio de Freitas de se afastarem da figura de Douglas Garcia, foram levantados imagens e vídeos recentes do deputado paulista com Tarcísio. A comunidade bolsonarista obteve 41% das citações no Twitter. 

Por sua vez, o campo lulista apostou na estratégia de vincular o bolsonarista Tarcísio de Freitas às atitudes violentas e misóginas de seus apoiadores com o objetivo de aumentar a rejeição do candidato da extrema direita ao governo de São Paulo. O lulismo, somado a Cultura de Rede, teve 49% das menções no Twitter. 

Foram analisados 1.047.521 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas: 'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo Leite' e 'Simone Tebet'.

 


Bolsonaristas retomam discurso do medo e caos 

 

A mídia foi acusada de esconder o caso de feminicídio perpetrado por uma pessoa com a tatuagem do Lula no braço. Bolsonaro e os principais influenciadores divulgaram motociata em Natal, com imagens utilizadas para “comprovar” a popularidade de Bolsonaro e contestar a credibilidade das pesquisas eleitorais, que foram alvo de ataques em diversas publicações. 

 

Novamente circularam imagens do 7 de Setembro e diversas defesas da candidatura de Tarcísio Freitas. Tivemos mensagens tentando disseminar o medo, com previsões catastróficas caso o Lula vença as eleições, inclusive utilizando a imagem da Marina Silva para afirmar que a demarcação de terras indígenas “apavora” todo mundo.

 


Lulistas lembram que Tarcísio Freitas é o candidato de Bolsonaro ao governo de SP 

 

O voto útil foi um dos principais destaques da comunidade, que também ressaltou o atentado político que aconteceu no Rio Grande do Sul. Tarcísio Freitas foi alvo de críticas por seu apoio às práticas políticas bolsonaristas. Também foram divulgados dados positivos sobre os governos Lula e os fracassos do governo Bolsonaro. Apoios de celebridades foram bastante comemorados na comunidade. 

Felipe Neto novamente denunciou a tentativa de Bolsonaro de se vitimizar para atrair empatia e ainda houve manifestações de solidariedade à Vera Magalhães.

 


Cultura de Rede permanece na tática em torno do voto útil 

 

A comunidade formada por perfis que se inserem na cultura de rede e cultura pop é claramente favorável a Lula e contra Bolsonaro. 

Os memes e bom humor são características importantes entre os destaques que, além de falarem sobre os líderes nas pesquisas, pregam o voto útil em Lula, mirando em eleitores de Ciro Gomes e Simone Tebet.  

 

 


Sergio Moro desfaia Lula para um debate em Curitiba

 

Ciristas e lavajatistas compuseram este agrupamento por padrão de compartilhamentos. Sérgio Moro desafiou Lula para um debate em Curitiba, numa tentativa de chamar a atenção para sua campanha. 

Já o grupo cirista se esforçou para conter a migração de votos para Lula no primeiro turno. A campanha contra o voto útil é reforçada com ataques e inversões, quando falam que o PT é quem ofende adversários, não o Ciro.