Levantamento DataFórum desta quarta-feira (31) mostra que as comunidades de apoio ao presidente Bolsonaro (PL) silenciaram sobre o escândalo dos 51 imóveis comprados em dinheiro vido pelo Clã Bolsonaro. Tal postura é, no mínimo inusitada, pois, tanto o mandatário quanto a sua claque baseia seus discursos em moralidades e luta contra a corrupção.
Se por um lado os bolsonaristas nada falaram sobre as dezenas de imóveis pagos em dinheiro vivo pela família do presidente, por outro, retomaram a narrativa de colocar em dúvida a credibilidade das pesquisas de intenção de votos, visto que, a última rodada de levantamento confirma liderança de Lula e derrota de Bolsonaro em qualquer cenário de segundo turno.
O campo lulista e as comunidades anti-Bolsonaro, ao contrário da extrema direita, fez ampla divulgação no Twitter sobre o escândalo da compra dos imóveis em dinheiro vivo.
Outra questão escandalosa que teve destaque nas comunidades progressistas foi a revelação feita pela Polícia Federal de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) interferiu em investigação da PF que envolvia Jair Renan Bolsonaro, filho do presidente.
Cabe destacar que as comunidades lulistas, somada com a Rede de cultura, teve 57% das menções no Twitter. O grupo bolsonarista teve 32% das citações.
Foram analisados 1.277.415 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas: 'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo Leite' e 'Simone Tebet'.
Lulista destacam escândalo dos 51 imóveis comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro
Ontem a reportagem sobre os 51 imóveis comprados em dinheiro vivo pela família Bolsonaro mobilizou a comunidade lulista e foi o grande destaque do dia.
O Felipe Neto obteve grande alcance com o resgate de um vídeo do Bolsonaro afirmando que, contra FHC, ele votaria no Lula pois é uma pessoa honesta.
A informação que a ABIN interferiu nas investigações da PF sobre o Jair Renan Bolsonaro também repercutiu bastante.
Bolsonaristas atacam pesquisas eleitorais
O bolsonarismo divulgou notícias positivas sobre o governo e investiu no descrédito das pesquisas eleitorais divulgando um vídeo no qual um pesquisador do Ipec cancela a entrevista quando percebe que está sendo filmado.
A participação de Bolsonaro no debate da Band foi novamente comemorada e foram divulgados sigilos solicitados nos governos Lula e Dilma. Houve reclamações sobre o inquérito que investiga os empresários golpistas e o Lula foi atacado de diversas maneiras.
Comunidade de cultura de rede relembra passado político de Simone Tebet
Um dos focos desta comunidade, que em geral comenta sobre temáticas de rede, é Simone Tebet.
A senadora é criticada por suas posições à direita, como defesa dos ruralistas e ataques às populações indígenas e aqueles que se encantaram por sua participação no Debate da Band são retratados como ingênuos. Também são comuns críticas a Bolsonaro e declarações de apoio a Lula.
Ciristas e lavajatistas questionam absolvição de Lula em processos
Este agrupamento, que une ciristas e lavajatistas por padrão de interações, tem como foco principal ataques a Lula e ao PT e a defesa da candidatura de Ciro Gomes.
Ainda é destaque o protesto de Patrícia Pillar contra bolsonaristas que espalharam que ela sofria agressões de Ciro Gomes. Kim Kataguiri postou que Lula não foi inocentado.