Levantamento DataFórum desta segunda-feira (29) revela que a fala do ex-presidente Lula (PT) sobre o agronegócio durante entrevista ao Jornal Nacional foi manipulada e editada por perfis bolsonaristas. O objetivo era mostra o líder petista como um inimigo do setor como um todo.
Na comunidade lulista teve muita repercussão um vídeo compartilhado pelo deputado federal André Janones (Avante!-MG) onde é resgatado o fato de que, quando deputado federal, Jair Bolsonaro saiu em defesa em de Talvane Albuquerque, mandante do assassinato da deputada federal Ceci Cunha (PT-AL). Talvane era o primeiro suplente da parlamentar assassinada.
Outro caso que repercutiu neste domingo (28) foi o caso que envolve o candidato a deputado distrital Rubão (PTB-DF) e seu segurança que, a mando do aspirante a parlamentar ordenou que ele disparasse contra o sobrinho do dono da churrascaria Tchê Garoto!, após o rapaz pedir para que o som do carro da campana fosse diminuído, pois, estava incomodando os clientes do estabelecimento.
Após ser vítima de um vídeo manipulado, que foi divulgado pelo próprio presidente Bolsonaro, Felipe Neto o respondeu diretamente e o acusou de manipular o conteúdo original. Os lulistas tiveram 39% das menções no Twitter, já os bolsonaristas ficaram com 37% das citações.
Foram analisados 880.797 tweets a partir das seguintes autoridades pesquisadas: 'Lula', 'Bolsonaro', 'Ciro', 'Moro', 'Alckmin', 'Eduardo Leite' e 'Simone Tebet'.
Vídeo em Bolsonaro defende assassino da deputada Ceci Cunha repercute
O maior destaque foi um vídeo no qual o Bolsonaro defende um deputado mandante de assassinato contra a cassação. Felipe Neto teve grande engajamento denunciando manipulação de um tweet seu pelo Bolsonaro.
Repercutiu também a desilusão de pessoas com o uso político da religião e o caso do Rubão, candidato bolsonarista que ordenou ao seu segurança para atirar no sobrinho do dono da churrascaria Tchê Garoto! A preparação para o debate também esteve presente.
Bolsonaristas manipulam vídeos com Felipe Neto e Lula
No bolsonarismo repercutiu a preparação para o debate, propagandas de candidaturas proporcionais, diversos ataques ao Lula tiveram bom alcance, alguns relacionados à questão do agronegócio, gerados a partir da distorção de uma fala do Lula no JN.
Também houve espaço para divulgação positiva para o Bolsonaro, em meio a apoiadores.
Comunidade pop se engaja contra candidatos da extrema direita
A comunidade engajada pela cultura de Rede é fortemente refratária ao Bolsonaro. Com piadas e muitas postagens com sarcasmo e humor, os destaques falam em tom descontraído dos malefícios do governo Bolsonaro e porque se deve votar contra o candidato de extrema-direita.
Houve contagem regressiva para o fim do governo Bolsonaro, em tom de comemoração. Por outro lado, vários dos destaques declaram voto em Lula.
Ciristas criticam tática do voto útil
A comunidade cirista fez referência a participação de Ciro Gomes no debate da Band, tanto em sua convocação como com comentários sobre a participação do candidato.
Ciro destaca o seu programa de governo com cortes de vídeos do seu programa eleitoral. Há crítica ao voto útil em Lula já no primeiro turno, alegando que o voto em Ciro não favoreceria Bolsonaro.
Danilo Gentili vira "cabo eleitoral" dos lavajatistas
Lavajatistas, com Danilo Gentili a frente, fazem campanha contra Lula, PT e políticas públicas de inclusão como o acesso às universidades públicas. Moro apareceu também entre os destaques argumentando que Lula não teria condições morais de estar num debate sobre corrupção.
O principal destaque deste agrupamento é a destinação do fundo partidário, que segundo o usuário seria destinado em maior parte a candidatos de esquerda.