ELEIÇÕES 2022

DataFórum: Apoio de Anitta a Lula fura bolha petista e espalha esperança em meio a clima de medo

Assassinato de Marcelo Arruda pelo militante bolsonarista Jorge Guaranho causou terremoto na internet

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Pesquisa DataFórum desta terça-feira (12) mostra que o assassinato de Marcelo Arruda, dirigente petista e guarda municipal, pelo militante bolsonarista Jorge Guaranho, em Foz de Iguaçu, causou indignação, mas também medo diante da escalada da violência política incentivada pelo presidente Bolsonaro. 

Porém, se por um lado o assassinato de Marcelo Arruda trouxe medo, ele também fez com que a cantora Anitta, a partir de uma série de tweets, declarasse e justificasse o seu apoio ao presidente Lula. 

Para a cantora, a iminência de um banho de sangue nas eleições deste ano, incentivada por Bolsonaro, fez com que ela tomasse a decisão de tornar público o seu apoio ao presidente Lula e ajudá-lo na campanha das redes. 

O apoio da cantora ao pré-candidato à presidência da República do Partido dos Trabalhadores trouxe esperança em meio ao clima de medo que predominava no Twitter. 

Com isso, formou-se duas comunidades em torno de Anitta e do ex-presidente Lula. O apoio da cantora furou a bolha petista e levou a comunidade em torno do ex-presidente Lula para quase todas as esferas do Twitter. 

Juntos, Anitta e Lula ficaram com 61% das menções no Twitter. 

A horda bolsonarista tentou reagir a partir de duas estratégias: a primeira, a partir de uma declaração do presidente Bolsonaro, trabalhou-se o discurso de que é a esquerda que promove, historicamente, violência política; a segunda estratégia foi desqualificar a cantora Anitta e, ao lado de Lula, associá-la ao crime organizado a partir da tag #AnittaApoiaOCrime. 

No entanto, nenhuma das estratégias bolsonaristas não deram certo e ele ficaram com apenas 28% das menções no Twitter, ou seja, foram esmagados pelas comunidades formadas por Anitta e pelo ex-presidente Lula. 

 

Anita declara apoio a Lula e fura bolha petista 

 

Esta comunidade formou-se a partir da declaração da Anitta de apoio ao Lula, que acabou ficando de fora de sua própria bolha. 

A Anitta teve enorme alcance com o seu tweet, que já ultrapassou os 27 mil retweets e o Lula interagiu com ela de maneira descontraída, afirmando que juntos vão “envolver o Brasil”.

Outros tweets comentaram o apoio, mas merece destaque uma publicação de uma internauta que relata medo de sair na rua identificada como lulista.

 

 

 

Felipe Neto predomina na comunidade lulista 

 

Na ausência do Lula de seu próprio grupo, quem liderou a comunidade foi o Felipe Neto, que condenou a incitação ao ódio promovida por Bolsonaro e sua fixação por se livrar das suas responsabilidades. 

Apareceu com força a indignação gerada pelo medo da violência das hostes bolsonaristas e a tese da “simetria entre dois opostos” foi rechaçada com vigor. O assassinato do Marcelo Arruda continuou repercutindo fortemente no grupo. 

 

 

Acuado, Bolsonaro discute com internautas 

 

Os principais destaques são de Bolsonaro reagindo à postagens de influencers como Míriam Leitão e Antonio Tabet que o ligaram à escalada da violência política que culminou no assassinato de Marcelo Arruda em Foz do Iguaçu. 

 

 

A linha auxiliar da estratégia bolsonarista partiu para cima de Ciro Gomes e da esquerda, afirmando ser o médico estuprador Giovanni Quintella Bezerra admirador de Ciro. Houve a tentativa de criar a narrativa de que esquerdistas são hipócritas ao ligar Bolsonaro ao crime político que se deu no Sul. 

 

Discurso de Ciro Gomes vai ao encontro, novamente, dos lavajatistas 

 

Este agrupamento reuniu vários expoentes da chamada 3.a Via, que, apesar de terem orientações diversas, acabam confluindo pelo padrão de interações. 

Os principais destaques são relacionados à falsa simetria entre Lula e Bolsonaro, afirmando que os dois são violentos e propagam o ódio, relativizando a responsabilidade de Bolsonaro na escalada da violência política no Brasil.