Os apoiadores do ex-presidente Lula mostraram força no Twitter no final de semana de lançamento da chapa Lula e Alckmin, com uma comunidade própria de 30% e mais uma comunidade pró-lula e anti-Bolsonaro de mais 28%. É o que mostra a análise da plataforma de monitoramento digital da Revista Fórum, a Data Fórum. Foram monitorados 633.863 postagens públicas no Twitter que mencionam os presidenciáveis.
O bolsonarismo reagiu à postagem da influenciadora Jessi Alves, afirmando que ela se equivoca ao dizer que o Fies foi criado no governo Lula e acabou sendo pautado nas redes.
Ciristas e lavajatistas, em comunidades distintas, se mobilizaram contra o voto útil em Lula no 1º turno.
Lulistas (rosa) - 30%
O lançamento da chapa Lula e Alckmin movimentou as redes no final de semana. Gerou forte engajamento o vídeo “Que brasil você quer”, que compara o simbolismo do governo Bolsonaro com os compromissos do Lula. Influenciadores estiveram presentes neste agrupamento, lembrando conquistas dos governos do PT e as dificuldades vividas no governo atual.
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Bolsonaristas (verde) - 30%
No grupo bolsonarista repercutiu a mensagem dos dias das mães do presidente e da sua esposa, além de ataques à influenciadora Jessi Alves, afirmando que ela se equivocou ao dizer que o Fies foi criado no governo Lula. Carlos Bolsonaro compartilhou um pritnscreen de uma matéria da Fórum sobre a capa da Time, com comentários dizendo que Lula não é inocente e defendendo as medidas do Governo Bolsonaro na pandemia.
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Progressistas pró-Lula (azul) - 28%
Perfis de fora do espectro político partidário mais tradicional formaram uma comunidade própria, em que afirmaram o voto em Lula. Houve críticas aos eleitores "nem, nem" pois estariam favorecendo Bolsonaro. Há forte rechaço ao governo Bolsonaro nesta comunidade.
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Ciristas (amarelo) - 4%
Ciristas e militantes radicais de esquerda se juntaram em críticas ao voto em Lula já no primeiro turno. Ciro Gomes criticou o machismo em sua postagem de Dia das Mães. Outros militantes deste campo atacam Alckmin e falam que não há sentido no voto em Lula contra Bolsonaro.
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Lavajatistas (verde escuro) - 3%
Lavajatistas, puxados por Danilo Gentilli, fizeram coro contra o voto "útil" em Lula, argumentando que o voto contrário ao Lula não seria voto automático no Bolsonaro. João Amoêdo ataca Bolsonaro por seus gastos com o Cartão Corporativo num momento de crise econômica.
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Metodologia
O estudo considera dados coletados a partir de termos de busca específicos recolhidos junto à API do Twitter em determinado período. Os dados (todos públicos) são submetidos a algoritmos de clusterização e ranqueamento, tendo como base as relações de retweets entre os usuários. Neste sentido, são formadas comunidades e atribuídos graus de relevância aos atores de rede, obedecendo aos critérios algorítmicos a que os dados foram submetidos.