DATA FÓRUM

Data Fórum: No 1° de Maio, a rede de Bolsonaro domina o Twitter com 56% de menções

Apoio a Lula ficou restrito a 28% e focou na pauta econômica

Bolsonraro em ato em Brasília e Lula em SP no 1º de Maio.Créditos: Youtube / Ricardo Stuckert
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Nas ruas não foi uma reedição do 7 de Setembro, como queria Jair Bolsonaro (PL), mas no Twitter a horda bolsonarista dominou a discussão política em torno dos atos convocados para o 1º de Maio, comemorando a baixa adesão aos eventos das centrais sindicais - o maior deles no Pacaembu, em São Paulo, com  presença de Lula (PT).

Dados prospectados pelo Data Fórum em 1.885 comunidades com mais de 103 mil perfis no Twitter - num total de quase 840 mil tuites -, mostram que os bolsonaristas dominaram 56% do metauniverso político da rede, disseminando informações sobre os atos esvaziados dos trabalhadores e aproveitando o deslize de Lula na declaração de que "Bolsonaro não gosta de gente, gosta de policial" - pela qual se desculpou no início do discurso aos sindicalistas.

O termo "policial" foi um dos que ganharam maior notoriedade nos tuites bolsonaristas, juntamente com "Lula" e "Bolsonaro". A publicação do próprio presidente na rede teve mais de 13 mil retuites e serviu como "apito de cachorro" para aglutinar os apoiadores sobre a tema.

Os lulistas ocuparam apenas 28% do universo político na rede. Juntamente com a desculpa de Lula pela fala sobre os policiais, as interações na bolha foram pautadas por temas econômicos, mas também repercutiu o baixo número de pessoas no ato de bolsonaristas em Brasília.

O pedido de desculpas do ex-presidente na rede gerou mais de 7 mil retuites.

Entre os ciristas, que alcançaram 7% do universo, a união se deu em torno das críticas dos petistas à jornalista Maria Beltrão, que foi tema de acalorados debates, por afirmar que Lula não é inocente.

Nesse universo, de apoiadores de Ciro Gomes (PDT), um tuite de Sergio Moro de "solidariedade" à jornalista da Globo chegou a quase 600 retuites, ficando em terceiro entre os mais compartilhados no período.

Outros 2% do espaço foram ocupados por um protagonismo independente, que falou sobre temas transversais à política. Nas mensagens, a incongruência entre apoiar Bolsonaro e sentir os efeitos do caos econômico foi destaque. 

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