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DataFórum: Lula vence debate na Band e sua performance gera alto engajamento no Twitter

O ex-juiz Sergio Moro como assessor do presidente, orçamento secreto e Complexo do Alemão estão entre os assuntos mais comentados entre as comunidades pró-Lula e pró-Bolsonaro

DataFórum: Lula vence debate na Band e sua performance gera alto engajamento no Twitter.Créditos: Reprodução/ redes sociais
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Levantamento DataFórum especial sobre o debate na Band, que realizado na noite deste domingo (16), revela que alguns assuntos predominaram nas discussões do Twitter, entre eles, a confissão de Bolsonaro (PL) de que compra parlamentares com o orçamento secreto, a presença do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) como assessor do presidente e o preconceito de classe do candidato da extrema direita contra as pessoas que vivem em favelas. 

 No entanto, levantamento DataFórum mostra que, durante o debate da Band, o ex-presidente Lula conseguiu superar o seu adversário e formar duas grandes comunidades favoráveis ao seu nome: Pró-Lula (cor azul no gráfico) e Progressistas / Cultura Pop / Pró-Lula (cor laranja no gráfico) que totalizaram quase 65% da rede durante a exibição do embate. A comunidade pró-Bolsonaro (cor verde no gráfico) formou rede de 18%. 

Foram analisados 340.853 tweets a partir dos seguintes termos de busca: debate, debateband, DebateNaBand, LulaNaBand, BolsonaroNaBand, #debateband, #DebateNaBand, #LulaNaBand, #BolsonaroNaBand

 

 

Lulistas repercutem presença de movo no debate 

 

Desde que ascendeu nas redes, o bolsonarismo possui uma tradição de, diante de eventos como o debate, engajar mais que os seus adversários suas respectivas comunidades na esfera digital.

 No entanto, levantamento DataFórum mostra que, durante o debate da Band, o ex-presidente Lula conseguiu superar o seu adversário e formar duas grandes comunidades favoráveis ao seu nome: Pró-Lula (cor azul no gráfico) e Progressistas / Cultura Pop / Pró-Lula (cor laranja no gráfico) que totalizaram quase 65% da rede durante a exibição do embate. 

Como se sabe, durante o debate acontece simultaneamente uma disputa de narrativas e discursos nas redes sociais entre os grupos dos candidatos. Memes, cards e recortes de vídeos são produzidos no mesmo tempo em que ocorre o evento. 

Dessa maneira, na comunidade pró-Lula teve muita repercussão a presença do ex-juiz e senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR) como um dos assessores de Bolsonaro no debate. Destacaram que a presença de Moro confirma a suspeição de sua atuação na Lava Jato, ou seja, de que Moro trabalhou para tirar Lula (PT) da jogada no pleito de 2018. 

 

Bolsonaro, o "Rei das Fakes News" 

 

Além da presença de Moro no debate, também teve forte repercussão na comunidade pró-Lula a confissão de Bolsonaro de que utiliza o orçamento secreto. 

 

 

 

Outro fato que gerou muita menção negativa ao nome de Bolsonaro foi quando ele citou a ida de Lula ao Complexo do Alemão e, com profundo preconceito de classe, afirmou que na favela visitada pelo petista "só vivem bandidos". 

 

 

Os perfis da comunidade pró-Lula também atuaram, ao longo de debate, para desmentir mentiras ditas pelo presidente no embate, entre elas a de que o PT votou contra o Auxílio Emergencial no valor de R$ 600. Repercutiu muito quando o petista classificou o presidente como o "Rei das Fake News".  

 

 

 

 


"Ditaduras comunistas" 

 

A comunidade pró-Bolsonaro (cor verde no gráfico), que formou uma rede com alcance de 18%, repercutiu as falas do presidente sobre a Venezuela para retomar o discurso de que Lula "apoia ditaduras comunistas". 

Os perfis bolsonaristas também trabalharam com fake news sobre a transposição do rio São Francisco e o fato de Bolsonaro ter concluído a obra e, dessa maneira, é o responsável "por levar água ao nordeste". 

Se no campo da comunidade pró-Lula a presença de Moro no debate foi alvo de muitas críticas, entre os bolsonaristas foi comemorada reaproximação do ex-juiz com o presidente. 

A fala de Bolsonaro, de que Lula possui "amigos no STF" também foi aproveitada pela comunidade bolsonaristas, que trabalho o discurso de que o petista disputa a presidência da República "por ser protegido por ministros do Supremo".