O padre Fábio de Melo se envolveu em uma polêmica que acabou em demissão. Ele estava em uma cafeteria no município de Joinville, em Santa Catarina, onde realizou um show.
O religioso usou as redes sociais para alegar que foi tratado de forma deseducada pelo gerente do estabelecimento, quando foi questionar o preço cobrado por um produto que seria consumido. Depois da repercussão do caso, o homem foi desligado da empresa.
Te podría interesar
Fábio de Melo contou que escolheu dois potes de doce de leite sem açúcar. Porém, ao se dirigir ao caixa para pagar, verificou que o valor cobrado era “muito maior” do que o indicado na prateleira.
“Muito educadamente, eu disse à moça do caixa: ‘Olha, a soma está errada, porque o doce de leite custa isso. Dois potes, então o valor seria este’. Aí ela ficou ‘meio assim’, foi lá, viu. Ela falou: ‘Não, lá está errado’. E nisso, o gerente já se adiantou, sendo extremamente deselegante ao dizer: ‘O preço está errado e é isso. Se quiser levar, o preço certo é este’”, disse.
Segundo o padre, ele ainda tentou explicar à atendente que não queria criar confusão e mencionou a legislação: “Mas é apenas para lembrar que, quando um preço está especificado, o estabelecimento comercial tem que honrar aquele preço que está anunciado, mesmo que esteja errado. Não é o gerente do estabelecimento que decide se vai ser cobrado ou não”, destacou.
“Se você é gerente e está em uma situação embaraçosa, há uma forma de dizer isso com elegância. Poderia ter dito: ‘Olha, perdoe-nos, o preço que está anunciado lá está errado, foi um erro nosso’. Aí, a depender de como ele quisesse conduzir a situação, ele poderia falar: ‘Mesmo que meu sistema não permita vender nesse preço, eu vou fazer aqui uma observação, você vai levar pelo preço que está anunciado’”, afirmou.
Ele acrescentou que tentou resolver a questão de forma tranquila e que só divulgou nas redes sociais para que situações como a que ocorreu não se repitam com outras pessoas.
O que disse a cafeteria
A Cafeteria Havanna divulgou uma nota para informar que o colaborador envolvido na confusão havia sido demitido.
“A Havanna Joinville/SC, tem como missão proporcionar momentos acolhedores e especiais a cada pessoa que passa por nossa loja. Por isso, recebemos com muita atenção e preocupação o relato de um cliente que se sentiu mal atendido em nossa unidade.
Queremos expressar, em primeiro lugar, nosso pedido sincero de desculpas. Lamentamos profundamente que a experiência vivida tenha ficado aquém do que prezamos e buscamos diariamente. Sabemos o quanto cada cliente é importante e levamos muito a sério qualquer situação que afete a confiança que construímos com todos vocês.
Já estamos apurando os detalhes do ocorrido com responsabilidade e agilidade, informamos também que o colaborador envolvido no ocorrido já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários. Mais do que esclarecer, nosso compromisso é agir para corrigir e garantir que esse tipo de situação não volte a acontecer. Estamos redobrando os cuidados com nosso atendimento e reforçando nossos valores junto à equipe.
Agradecemos por cada manifestação seja de crítica ou apoio pois são elas que nos impulsionam a crescer. Nossa loja está sempre de portas abertas para ouvir e melhorar.
Com respeito e gratidão, Equipe Havanna Joinville/SC”.
Gerente demitido nega versão de Fábio de Melo
Depois de ser demitido por, supostamente, ter tratado mal o padre Fábio de Melo, o ex-gerente do café Havanna de Joinville (SC), Jair José Aguiar da Rosa, de 36 anos, afirmou que sequer chegou a ter contato direto com o religioso.
Ele disse estar em “estado de choque” após o ocorrido. “Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil, simplesmente, jogaram toda a culpa em cima de mim, para proteger o nome da marca”, desabafou o ex-gerente, em entrevista ao Metrópoles.
O ex-funcionário alegou que em momento algum falou diretamente com o padre, o que poderia ser provado pelas imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.
O ex-gerente disse, ainda, que quem pegou o produto foi um homem que acompanhava o padre, o que sinaliza que Fábio de Melo não teria como saber o valor na prateleira.
“Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele”, acrescentou.
Siga o perfil da Revista Fórum e do jornalista Lucas Vasques no Bluesky.