DESAVENÇA

Padre Fábio de Melo se envolve em polêmica que acaba em demissão de gerente de loja

O caso aconteceu em uma cafeteria do município de Joinville, em Santa Catarina, e demitido nega versão do religioso; entenda

Padre Fábio de Melo.Créditos: Reprodução de Vídeo/YouTube Sem Censura TV Brasil
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O padre Fábio de Melo se envolveu em uma polêmica que acabou em demissão. Ele estava em uma cafeteria no município de Joinville, em Santa Catarina, onde realizou um show.

O religioso usou as redes sociais para alegar que foi tratado de forma deseducada pelo gerente do estabelecimento, quando foi questionar o preço cobrado por um produto que seria consumido. Depois da repercussão do caso, o homem foi desligado da empresa.

Fábio de Melo contou que escolheu dois potes de doce de leite sem açúcar. Porém, ao se dirigir ao caixa para pagar, verificou que o valor cobrado era “muito maior” do que o indicado na prateleira.

“Muito educadamente, eu disse à moça do caixa: ‘Olha, a soma está errada, porque o doce de leite custa isso. Dois potes, então o valor seria este’. Aí ela ficou ‘meio assim’, foi lá, viu. Ela falou: ‘Não, lá está errado’. E nisso, o gerente já se adiantou, sendo extremamente deselegante ao dizer: ‘O preço está errado e é isso. Se quiser levar, o preço certo é este’”, disse.

Segundo o padre, ele ainda tentou explicar à atendente que não queria criar confusão e mencionou a legislação: “Mas é apenas para lembrar que, quando um preço está especificado, o estabelecimento comercial tem que honrar aquele preço que está anunciado, mesmo que esteja errado. Não é o gerente do estabelecimento que decide se vai ser cobrado ou não”, destacou.

“Se você é gerente e está em uma situação embaraçosa, há uma forma de dizer isso com elegância. Poderia ter dito: ‘Olha, perdoe-nos, o preço que está anunciado lá está errado, foi um erro nosso’. Aí, a depender de como ele quisesse conduzir a situação, ele poderia falar: ‘Mesmo que meu sistema não permita vender nesse preço, eu vou fazer aqui uma observação, você vai levar pelo preço que está anunciado’”, afirmou.

Ele acrescentou que tentou resolver a questão de forma tranquila e que só divulgou nas redes sociais para que situações como a que ocorreu não se repitam com outras pessoas.

O que disse a cafeteria

A Cafeteria Havanna divulgou uma nota para informar que o colaborador envolvido na confusão havia sido demitido.

“A Havanna Joinville/SC, tem como missão proporcionar momentos acolhedores e especiais a cada pessoa que passa por nossa loja. Por isso, recebemos com muita atenção e preocupação o relato de um cliente que se sentiu mal atendido em nossa unidade.

Queremos expressar, em primeiro lugar, nosso pedido sincero de desculpas. Lamentamos profundamente que a experiência vivida tenha ficado aquém do que prezamos e buscamos diariamente. Sabemos o quanto cada cliente é importante e levamos muito a sério qualquer situação que afete a confiança que construímos com todos vocês.

Já estamos apurando os detalhes do ocorrido com responsabilidade e agilidade, informamos também que o colaborador envolvido no ocorrido já não faz mais parte do nosso quadro de funcionários. Mais do que esclarecer, nosso compromisso é agir para corrigir e garantir que esse tipo de situação não volte a acontecer. Estamos redobrando os cuidados com nosso atendimento e reforçando nossos valores junto à equipe.

Agradecemos por cada manifestação seja de crítica ou apoio pois são elas que nos impulsionam a crescer. Nossa loja está sempre de portas abertas para ouvir e melhorar.

Com respeito e gratidão, Equipe Havanna Joinville/SC”.

Gerente demitido nega versão de Fábio de Melo

Depois de ser demitido por, supostamente, ter tratado mal o padre Fábio de Melo, o ex-gerente do café Havanna de Joinville (SC), Jair José Aguiar da Rosa, de 36 anos, afirmou que sequer chegou a ter contato direto com o religioso.

Ele disse estar em “estado de choque” após o ocorrido. “Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil, simplesmente, jogaram toda a culpa em cima de mim, para proteger o nome da marca”, desabafou o ex-gerente, em entrevista ao Metrópoles.

O ex-funcionário alegou que em momento algum falou diretamente com o padre, o que poderia ser provado pelas imagens das câmeras de segurança do estabelecimento.

O ex-gerente disse, ainda, que quem pegou o produto foi um homem que acompanhava o padre, o que sinaliza que Fábio de Melo não teria como saber o valor na prateleira.

“Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele”, acrescentou.

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