MAUS PERDEDORES

PRF deixa rodovia de SC sem cumprir decisão judicial que ordena desbloqueio

Após a saída dos agentes os manifestantes golpistas puderam retomar algumas posições, fortalecendo seus pontos de bloqueios

Agente da PRF diz que tem ordens para 'ficar com vocês' em vídeo vazado na última segunda (31). Reprodução/WhatsApp
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Homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divididos em 15 viaturas estiveram na manhã desta terça-feira (1) na BR-101 em Palhoça (SC), na região metropolitana de Florianópolis, mas deixaram o local sem cumprir decisão judicial que obriga desocupação da pista.

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De acordo com apuração da Folha, depois de negociações frustradas com os manifestantes, a PRF simplesmente foi embora do local sem desbloqueá-lo. Após a saída dos agentes os manifestantes golpistas puderam retomar algumas posições, fortalecendo seus pontos de bloqueios. A trecho catarinense da BR-101 corta o litoral do Estado da sua divisa sul até a região de São Francisco do Sul, no norte do Estado, de onde começa a subir rumo à capital do Paraná. No meio do caminho atravessa toda a região continental da Grande Florianópolis, onde fica o município de Palhoça.

O grupo estaria liberando o trânsito nas pistas locais ao mesmo que controlariam quem pode ou não passar. Além disso, os relatos dão conta de que manifestantes estejam ameaçando profissionais da imprensa que tentam cobrir o bloqueio. “Ninguém está autorizado a falar com a imprensa, estão mentindo sobre o nosso movimento”, teria dito Amarildo dos Santos, um dos líderes.

Em decisão assinada pela juíza Luciana Pelisser Gottardi Trentini, em plantão judiciário, fica autorizado o uso das forças policiais para o desbloqueio das rodovias além de estabelecer multa de R$ 10 mil para quem descumprir.

Procurada pela imprensa, a assessoria da PRF de Santa Catarina ainda não se manifestou. De acordo com informações do jornalista Ânderson Silva, colunista do portal NSC, houve uma coletiva de imprensa do governo estadual junto com órgãos federais na qual o representante da PRF fez um breve relato do trabalho da corporação e, quando a coletiva foi aberta para perguntas de jornalistas, levantou-se e foi embora sem nada responder.

*Com informações da Folha.