DIREITOS

Professores de SP se mobilizam contra medidas do governo Tarcísio

Categoria protesta contra atribuição de aulas e se junta ao funcionalismo público estadual para se posicionar contra as privatizações

Créditos: Rogério Carvalheiro
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Os professores da rede estadual de ensino do estado de São Paulo vão realizar, na sexta-feira (27), uma jornada de mobilização com duas ações principais para protestar contra iniciativas do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos). 

A primeira será um ato às 11h, em frente à Secretaria da Educação (Seduc), na Praça da República, centro de São Paulo. Às 15h, os docentes se juntarão ao Ato Unificado do Funcionalismo, na Avenida Paulista, em frente ao MASP, contra as privatizações e em defesa dos serviços públicos.

Reajuste e atribuição de aulas

Durante o ato das 11h, os professores protestarão contra a tentativa da Seduc de antecipar a atribuição de aulas para o mês de dezembro, o que comprometeria o período de recesso e as férias da categoria. Também vão cobrar o envio imediato à Assembleia Legislativa (Alesp) do Projeto de Lei Complementar (PLC) que prevê o reajuste de 1,27%, a ser somado aos 5% já sancionados — totalizando 6,27%.

“O governo Tarcísio insiste em ignorar o magistério e desrespeita os professores ao tentar impor medidas sem diálogo e sem garantir os direitos da categoria”, afirma a deputada estadual Professora Bebel (PT-SP), também segunda presidenta da Apeoesp.

A Apeoesp defende ainda que o processo de atribuição de aulas ocorra presencialmente no fim de janeiro, sem a adoção de modelos digitais. “A atribuição de aulas em dezembro desorganiza a vida dos professores e nega o direito às férias. É um desrespeito. Exigimos critérios justos, baseados no tempo de serviço e na formação acadêmica, com atribuição feita a partir de uma lista única de classificação, sem segmentações por vínculo funcional”, reforça Bebel.

Outras reivindicações seguem na pauta da categoria, como a valorização da carreira docente, a climatização das salas de aula, a oferta de alimentação para professores nas escolas e a convocação imediata dos 44 mil aprovados em concurso público, conforme decisão judicial.

'Assédio institucional'

Outro ponto contestado pelos docentes é uma resolução da Seduc que institui uma avaliação de desempenho considerada punitiva e subjetiva pela Apeoesp. “A avaliação não valoriza o trabalho docente. Apenas pune e desestabiliza. É um instrumento de assédio institucional. O que o governo quer é controle e precarização, não melhoria da educação”, denuncia a deputada.

À tarde, os professores somam forças com outras categorias do funcionalismo no ato da Avenida Paulista, que tem como pautas centrais a defesa dos serviços públicos e o combate às privatizações.

Com informações da Apeoesp

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