A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, nesta terça-feira (11), o pastor João das Graças Pachola, de 54 anos, suspeito de assassinar a adolescente Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13 anos. A vítima estava desaparecida desde o último domingo (9), quando foi vista pela última vez no município de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O corpo da jovem foi localizado em uma região de mata no bairro San Genaro, na mesma cidade onde havia sido vista pela última vez.
As investigações conduzidas pelo Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) revelaram que Stefany teria aceitado uma carona do pastor, vizinho da família e figura de confiança da comunidade. Segundo apurações, o suspeito a levou para uma lagoa na região do Tejuco, onde teria tentado abusá-la. Em meio ao desespero, a jovem conseguiu sair do carro, mas foi contida à força pelo acusado.
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Testemunhas que presenciaram a cena relataram que Pachola afirmou ser o pai da jovem e alegou que ela sofria de problemas mentais. Desconfiada, uma das testemunhas anotou a placa do veículo. A polícia cruzou essas informações com uma outra denúncia sobre uma agressão contra uma mulher na mesma região. Pouco depois, descobriu-se que Stefany havia sido assassinada e teve o corpo abandonado em um local ermo, entre Ribeirão das Neves e Esmeraldas.
A mãe da jovem denunciou o desaparecimento no domingo (9) ao perceber que a filha não havia chegado ao destino informado. Familiares passaram a distribuir cartazes na tentativa de obter pistas sobre o paradeiro de Stefany. Foi através dessas ações que uma testemunha entrou em contato e relatou ter visto a jovem sendo puxada de volta para dentro de um carro por um homem.
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As buscas pelo suspeito resultaram em sua prisão na cidade de Contagem, onde ele estava escondido na casa da mãe. Ao ser detido, Pachola não resistiu à prisão e confessou o crime, indicando o local onde havia abandonado o corpo da jovem. No carro do suspeito, foram encontradas manchas de sangue, reforçando os indícios contra ele.
Revolta da comunidade
A prisão do pastor gerou revolta entre moradores do bairro, que se manifestaram em frente à casa do suspeito, que também funcionava como uma igreja. Na noite de terça-feira, um grupo de pessoas incendiou o carro de Pachola. As chamas acabaram atingindo parte da residência.
Moradores também relataram que o pastor já havia sido acusado de assediar outras crianças na região. Além disso, a mãe da vítima havia deixado de frequentar a igreja do suspeito depois que Stefany apresentou comportamento estranho nas últimas semanas.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil para apurar todos os detalhes do crime e eventuais outros casos envolvendo o suspeito. A população local clama por justiça e aguarda o desdobramento das investigações.