Um homem foi preso na noite desta sexta-feira (6) após dar tiros de uma cobertura de um prédio de 18 andares em Pinheiros, bairro nobre na zona oeste de São Paulo. Além de possuir um verdadeiro arsenal em casa, Marcelo Berlinck Mariano Costa, 31 anos, também tinha uma ordem de despejo contra si.
A Polícia Militar relata ter recebido ligações de moradores por volta das 21h, após ouvirem barulhos de tiros do interior de uma cobertura de dois andares do edifício localizado na Rua Joaquim Antunes. A partir da chamada, equipes das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) se deslocaram até o local e foram recebidas com um disparo de arma de fogo. O tiro atravessou a porta do apartamento e atingiu outra unidade do prédio.
Segundo a polícia, o atirador falou para os agentes entrarem e, em seguida, disparou mais duas vezes. Desta vez, os tiros atingiram as portas de dois apartamentos localizados no mesmo andar.
Depois da reação, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) foi chamado para negociar a rendição do atirador. Depois de perceberem que o homem estava sozinho, o Gate arrombou a porta do apartamento com o uso de granadas e o atirador foi detido com o auxílio de um cão policial.
Arsenal e ordem de despejo
Após a detenção, Berlinck foi levado ao Pronto-Socorro do Hospital Beneficência Portuguesa, na região central da capital paulista.
Em revista feita no apartamento, os policiais encontraram e apreenderam um fuzil calibre 762, um revólver 357, duas carabinas calibre 12 e 38 e uma pistola 9 mm. Também foram recolhidas munições de diversos calibres, coletes balísticos, uma granada e três papelotes de cocaína.
A ocorrência foi registrada no 14º Distrito Policial, de Pinheiros, como disparo de arma de fogo, guardar drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal e tentativa de homicídio.
O homem morava no imóvel desde abril, quando assinou um contrato de aluguel. Incluindo o valor da locação e do condomínio, os encargos somavam R$ 6.600 por mês e, desde junho, ele havia deixado de fazer os pagamentos. Os proprietários recorreram à Justiça em agosto, conseguindo uma ordem de despejo para que Berlinck saísse em até 15 dias, o que não ocorreu.
