A privatização dos cemitérios em São Paulo foi citada pelos candidatos Guilherme Boulos (PSOL) e Datena (PSDB) no debate da Globo para confrontar o prefeito e candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB). E é um dos temas que tem jogado contra o emedebista.
Em março, a concessão promovida pela atual gestão municipal completou um ano, com diversas denúncias de prática de preços abusivos. Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep), com a privatização, "os preços mais baixos para sepultar um ente querido vão de R$ 3.250 a R$ 4.613,25 (valores de janeiro de 2024), dependendo de qual concessionária oferece o serviço. Até 07 de março de 2023, antes da privatização do Serviço Funerário Municipal de São Paulo, era possível pagar R$ 289,35".
Boulos já disse que vai rever o acordo com as concessionárias. “Por que eu me comprometi em revogar os contatos de concessão dos cemitérios da cidade?”, admitiu o aspirante a prefeito de SP. “Porque os contratos de concessão não estão sendo cumpridos pelas empresas e a população está sendo penalizada por isso”, acrescentou, no final de setembro.
Investigação virou promoção
Matéria da revista Fórum, também do final de setembro, mostrou que o prefeito Ricardo Nunes, depois de prometer publicamente investigar denúncia contra servidora que foi chefe interina de seu gabinete, transferiu Eliana Maria das Dores Gomes para um cargo de alto escalão na Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Município de São Paulo (Prodam), com vencimentos de R$ 19.475,01.
Segundo o site da Secretaria da Fazenda do município, ela agora também integra o Conselho de Administração e Conselho Fiscal da Companhia São Paulo de Desenvolvimento e Mobilização de Ativos, com ganho adicional de R$ 6 mil, cargo que assumiu em maio deste ano e ocupará ao menos até junho de 2025.
Confira a reportagem completa aqui.