CARTA ÀS MULHERES

Janja e apoiadoras de Boulos gravam vídeo sobre denúncia da esposa de Nunes

Com participação de parlamentares, artistas e ativistas, vídeo é direcionado às mulheres de São Paulo; assista

Ricardo Nunes foi denunciado pela esposa por violência doméstica em 2011.Créditos: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Mulheres parlamentares, artistas e ativistas se reuniram para gravar um vídeo com uma carta aberta às mulheres de São Paulo, onde relatam as denúncias feitas pela esposa do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), em um boletim de ocorrência (BO) por violência doméstica

"Como você se sentiria se você terminasse com um homem, e ele mandasse mensagens ameaçadores diariamente? Se ele te ligasse com ameaças, te atormentasse te deixando com medo, não te deixasse em paz, mesmo você pedindo? Você confiaria em um homem que se comporta assim?", questionam as mulheres no vídeo publicado neste sábado (26) nas redes sociais

Na gravação, entre outras, aparecem as apresentadoras Bela Gil e Astrid Fontenelle, as parlamentares Erika Hilton (PSOL), Sâmia Bomfim (PSOL), Luciene Cavalcante (PSOL) e a primeira-dama Janja

"Se um homem não respeita a mulher com quem ele divide a casa, a vida, a família, do que ele é capaz com as mulheres que não conhece?", acrescentam.

No final do vídeo, Janja completa: “Neste domingo, nós mulheres temos a oportunidade de votar em quem valoriza nossas vidas, em quem caminha ao nosso lado pelo fim da violência contra as mulheres”. A primeira-dama, então, pede voto ao candidato Guilherme Boulos, do PSOL. 

Confira o vídeo abaixo

Entenda a denúncia contra Nunes

Em 2011, a esposa de Ricardo Nunes, Regina Carnovale Nunes, registrou um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher por violência cometida pelo prefeito, que à época era vereador de São Paulo. 

O caso voltou a público durante as eleições municipais de 2024, quando candidatos e eleitores questionaram Nunes sobre o caso de violência. O prefeito minimizou as acusações e afirmou que o boletim tinha sido "forjado". A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no entanto, confirmou o BO

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O caso não chegou a se tornar um inquérito pois, na época, violência doméstica era tratada como um crime que precisava de autorização da vítima para prosseguir, o que não foi feito por Regina. 

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