Explosão em uma indústria química da Braskem, no ABC, deixou ao menos quatro pessoas feridas na manhã desta quinta-feira (22). O Polo Petroquímico de Capuava, como é conhecido, fica localizado na divisa das cidades de Mauá (SP) e de Santo André (SP), na Grande São Paulo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o foco teve início por volta das 9h21. O fogo já foi controlado no local. A primeira vítima está em estado grave, com 90% do corpo queimado. A segunda vítima teve queimaduras nas vias aéreas. Outros dois trabalhadores acidentados foram confirmados pelo Sindicato dos Químicos do ABC, filiado à Central Única dos Trabalhadores de São Paulo (CUT-SP).
A empresa trabalha com derivados de acetato de etila, um produto inflamável e nocivo se for inalado. “Houve a explosão de um tanque de armazenamento de tolueno, que estava sem o produto, porque estava sendo pintado. O serviço era externo e tinha um trabalhador no teto. Confirmamos quatro vítimas, uma em estado grave”, afirma coordenador da regional Santo André do Sindicato dos Químicos do ABC, Joel Santana de Souza.
Também dirigente do Sindicato dos Químicos do ABC, Raimundo Suzart, explica que a entidade está acompanhando a situação no local e dialogando com a direção da Braskem para apurar o caso. “Há oito anos, houve uma explosão no local em proporção igual a essa, mas em outro equipamento. Estamos investigando o acidente e as consequências para os trabalhadores acidentados”, diz.
Em nota, a Braskem informa que o "departamento médico/assistência social da empresa está acompanhando prioritariamente o caso, no atendimento às vítimas e em contato com familiares para presta todo apoio necessário”. Após o acidente, o local foi evacuado.
A empresa informa também que "todas as medidas de segurança necessárias foram imediatamente tomadas, abrangendo [as] unidades e os locais no entorno da ocorrência, não oferecendo risco à comunidade".
Outras explosões
O acidente comentado por Suzart, na mesma fábrica, se refere a uma explosão ocorrida em 14 de outubro de 2015, que deixou seis trabalhadores feridos, com braço quebrado e queimaduras de primeiro e segundo grau.
Em abril de 2022 também houve uma explosão na mesma fábrica, com duas pessoas feridas. Um dos funcionários acidentados morreu. Foi socorrido com vida, mas não resistiu. O trabalhador atuava no silo, onde iniciou o incêndio.
*Colaboração para a Fórum