O carnaval está chegando e antes mesmo de cair na folia é tempo de relembrar as famosas histórias de outros carnavais. Um episódios mais marcantes dos últimos anos foi, na verdade, uma cena bastante lamentável. Durante as apurações do Carnaval de São Paulo em 2012, vencido pela Mocidade Alegre, uma confusão eclodiu na área da mesa da Liga Independente das Escolas de Samba e um homem foi filmado rasgando papeis que continham as notas dos jurados.
O homem era Tiago Tadeu Faria, então com 29 anos. Ele foi preso após o ocorrido e teve de pagar uma fiança de R$ 12.400 para ser solto. Cerca de um ano mais tarde foi absolvido pela Justiça de São Paulo, que não considerou ter havido um crime no ato de rasgar as notas. Mas acontece que 10 carnavais e 11 anos depois – lembrando que em 2021 a maior festa do planeta foi cancelada por conta da Covid-19 – Tiago ficou conhecido como ‘Gianecchini do crime’. Mas como foi que ele ganhou esse apelido?
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Tiago foi preso em setembro de 2020 suspeito de envolvimento com uma série de ataques a bancos na capital paulista. Sua quadrilha teria roubado cerca de R$ 2 milhões da agência do Banco do Brasil de Botucatu, no interior de SP, em julho do mesmo ano. Há também acusações que dão conta de explosões em agências de Ourinhos (SP) também em 2020, além de um roubo de R$ 50 milhões de um banco em Bauru (SP) dois anos antes.
Condenado a 53 anos e dois meses, Tiago está preso na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, na unidade de segurança máxima. Sua ala é dedicada a criminosos filiados ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e considerados de alta periculosidade. Ele tentou fugir com mais dois detentos em agosto de 2021 mas acabou detido durante a execução do plano de fuga.
Ele é considerado pela polícia de São Paulo um dos principais criminosos do Brasil, entre os que se dedicam ao roubo de bancos, o que lhe rendeu a fama de ser um dos líderes do chamado “novo cangaço” – a onda de assaltos a bancos que, durante a ação, chegam a fechar cidades inteiras no interior do país. A polícia só conseguiu identificá-lo por conta de um material genético encontrado em veículo apreendido após um assalto de grandes dimensões em Araçatuba (SP).
Antes da prisão, Tiago tinha um perfil no Instagram onde ostentava não apenas uma vida de luxo, com carros importados, como também um estilo de vida saudável. Se apresentava como dono de uma academia de ginástica na zona norte de São Paulo e costumava ganhar muitas curtidas com fotos do seu físico atlético. A personalidade vaidosa do criminoso bonitão e o corte de cabelo inspirado no ator global lhe renderam o apelido de ‘Gianecchini do Crime’ ou ‘galã do novo cangaço’.
*Com informações do Uol.