Um cabo do Batalhão de Choque da Polícia Militar do RJ assumiu na tarde desta terça-feira (26) que atirou em Jonathan Ribeiro de Almeida, 18, na noite desta segunda-feira (25), no Jacarezinho, Zona Norte do Rio.
Segundo informações do UOL, o policial do Choque declarou que atirou em Jonathan após ele tirar uma arma de fogo da cintura durante uma abordagem policial. No entanto, a mãe do jovem e pessoas que testemunharam negam essa versão.
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Os policiais que participaram da ação que resultou na morte de Jonathan afirmam que o viram junto com outros homens comercializar drogas na localidade do Pontilhão, o que motivou a abordagem.
A mãe de Jonathan, Monique Ribeiro, afirma que o seu filho trabalhava com a sua irmã e esperava pelo momento de alistar no Exército.
"Não deram o direito do meu filho viver, porque não deram nenhum socorro. Mataram e deixaram lá. Ele era um menino bom, trabalhador, trabalha com a minha irmã em venda de roupas, faz entregas. Não estava trabalhando agora porque ele está para se alistar no quartel e não podia trabalhar de carteira assinada. E mataram meu filho com um tiro no peito. O que meu filho fez?", lamenta a mãe de Jonathan.
Entenda o caso
Jonathan Ribeiro de Almeida, 18 anos, foi baleado no peito no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, na noite desta segunda-feira (25). De acordo com testemunhas, o disparo foi realizado por policiais. Almeida foi encaminhado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas não resistiu.
As pessoas que presenciaram o ocorrido, afirmam que os policiais efetuaram o disparo e fugiram. Os moradores também afirmam que não havia confronto entre a polícia e criminosos no momento em que Jonatan foi baleado.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro declarou que a Corregedoria acompanha o caso e que os agentes envolvidos estão sendo ouvidos pela Delegacia de Homicídios de Capital (DHC), que assumiu as investigações. A corporação também revelou que os agentes envolvidos na morte do jovem prestarão depoimentos na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (1ª DP JM).
Ao jornal Extra, a mãe de Jonatan, Monique Ribeiro dos Santos, declarou que o seu filho não tinha envolvimento com o tráfico e que deixa um filho de 4 meses.
"Mataram meu filho de 18 anos no meio da rua. Um menino. Não teve troca de tiro. Meu filho não é traficante, não deve nada a eles. Deixou um filho de 4 meses. Eles mataram e foram embora. Era honesto, trabalhava vendendo roupa. Executaram o meu filho no meio da rua. Os moradores testemunharam. O que eu que é Justiça pela morte do meu filho. Não quero que outras mães passem pelo que eu estou passando", declarou a mãe de Jonatan.
O militante e líder comunitário Diego Aguiar presenciou o momento em que Jonathan foi baleado e afirma que o jovem "não estava com nada".