Preso na última quinta-feira (22) em Macapá, Amapá, com um fuzil calibre .556, duas espingardas .12, um rifle .22, um revólver .38, 5 pistolas semiautomáticas e 3158 munições, o empresário bolsonarista Júlio Farias, que fez ameaças ao senador Randolfe Rodrigues (Rede), foi solto nesta sexta-feira (23) após pagar uma gorda fiança.
As ameaças de Farias se dirigiam à integridade física de Randolfe, além de demonstrarem uma forte conotação homofóbica. Nas redes sociais, além de declarar seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), também fazia ataques a políticos da oposição, em especial do PT.
A ação da Polícia Federal em conjunto com a Polícia Legislativa, inicialmente, era para cumprir um mandado de busca e apreensão. Porém, o bolsonarista, proprietário de uma rede de postos de combustível no Amapá, guardava, além de um arsenal, um silenciador para fuzil, comprado pela internet sem autorização. Dessa forma, Farias acabou preso em flagrante. A investigação aponta indícios de ameaça e crimes contra a honra e, mesmo respondendo agora em liberdade, pode pegar até 6 seis de encarceramento.
A decisão de soltura obriga o bolsonarista a manter a distância mínima de 200 metros do senador. Equivalente a 50 salários mínimos, o bolsonarista também teve que desembolsar R$ 60,6 mil para ser solto mediante fiança.