Seis golpistas foram presos pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (24) suspeitos de participarem de atos antidemocráticos em Novo Progresso, no Pará, e de estarem envolvidos a ataque realizado contra agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 7 de novembro. O incidente ocorreu na BR-163 quando os policiais buscavam desobstruir trecho ocupado pelos extremistas.
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A Operação 163 Livre, da Polícia Federal, além de ter efetuado as 6 prisões, cumpriu 11 mandados de busca e apreensão e transcorreu em parceria com a própria PRF e o Ministério Público Federal. Os presos foram levados à sede da PF em Santarém, cerca de 700 quilômetros distante da capital Belém. Suas identidades não foram divulgadas para os meios de comunicação.
“As medidas judiciais determinadas contra os investigados têm como pressuposto a provável existência de associação criminosa voltada para a prática de diversos delitos, dentre eles: constrangimento ilegal; dano qualificado; atentado contra a liberdade de trabalho; desobediência e desacato, além dos mencionados inicialmente”, disse a PF em nota
Relembre o caso da BR-196 em Novo Progresso
Manifestantes bolsonaristas que ocupavam trecho da BR-163 em Novo Progresso (Pará) desde 30 de outubro receberam agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) com tiros, rojões e pedras em 7 de novembro. Um policial ficou ferido e uma criança presente no bloqueio também passou mal, mas foi socorrida e recebeu alta médica. Clique aqui para ver imagens do ataque.
Em gravação feita por manifestante, é possível ver pelo menos dez viaturas da PRF fugindo às pressas do local, enquanto bolsonaristas atiram todo tipo de material sobre os veículos e comemoram a saída dos agentes. Na semana anterior, a ordem judicial para desocupação da via já tinha sido emitida, mas um tenente da Polícia Militar paraense se recusou a retirar a manifestação golpista e acabou afastado do cargo.
À CNN Brasil, o coordenador de comunicação da PRF, Cristiano Vasconcellos da Silva, informou que os agentes negociavam uma saída pacífica antes do conflito. No entanto, com a recusa dos termos por parte dos manifestantes, a PRF orientou que crianças e idosos fossem retirados do local, uma vez que teriam que utilizar da força bruta para cumprir a ordem. Ele relatou, ao vivo, que os agentes foram atacados na hora em que se preparavam para desmobilizar o bloqueio.
*Com informações da Carta Capital.