Uma das sobreviventes da chacina de Sinop (MT) enterrou nesta sexta-feira (24) o marido Getúlio Rodrigues Frazão, de 36 anos, e a filha Larissa de 12, executados na última terça-feira (21) por Edgar Ricardo de Oliveira e Ezequias Souza Ribeiro, após perderem um jogo de sinuca para Getúlio e Maciel Bruno de Andrade Costa, também vitimado e dono do bar onde ocorreu o crime brutal. Outras quatro pessoas foram mortas.
A mulher relatou que presenciou as mortes do marido e de Maciel, que era amigo da família. Eles tinham em comum a origem no estado do Maranhão. Maciel era de Bacabal, onde vive sua família, e a família da sobrevivente (e de Getúlio) era de Governador Nunes Freire. Todos haviam se mudado para Sinop em busca de melhores oportunidades na vida.
Antes de abrir o bar, Maciel trabalhou em madeireiras e frigoríficos locais. Já Getúlio era pedreiro. A filha Larissa ainda estava na escola e tinha acabado de decidir se mudar para a cidade a fim de ficar com o pai, enquanto a mãe e outros familiares seguiam no Maranhão.
Além da esposa de Getúlio (e mãe de Larissa), um sobrinho do casal também sobreviveu ao massacre e compareceu ao sepultamento dos familiares vitimados. Ele contou em depoimento que fugiu do bar logo que ouviu os primeiros tiros.
Ezequias foi morto em suposta troca de tiros com a Polícia Militar na última quarta-feira (22), em região de mata próxima ao aeroporto da cidade. Edgar se entregou no dia seguinte e está preso. Ele alega que o deboche dos rivais, após a derrota na sinuca em partida na qual haviam apostado R$ 4 mil, teria motivado o crime.