A mulher de 45 anos que foi vítima de um ataque gratuito, com direito ao arremesso de carrinho de supermercado, em Santo Antônio do Descoberto, no interior de Goiás, finalmente se pronunciou sobre o caso. O agressor é Rogério Santos da Silva, de 37 anos, que além desta agressão, já esteve preso em 2017 acusado de violência doméstica.
A agressão ocorreu na quinta-feira (16) da última semana e veio a público na última quarta (22) através da TV Record. Tudo foi registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.
As imagens mostram o agressor, com suas compras, aguardando a vez de ser atendido na fila do caixa. A vítima, também com suas compras, está logo atrás dele. Ambos não parecem interagir, apenas esperar. Eis que de repente o homem dá dois passos para o lado, agarra um terceiro carrinho de compras e arremessa contra a mulher, levando-a a nocaute. Uma cizânia então se arma no local, com um terceiro homem, que parece ser o marido da vítima, cobrando explicações do agressor e funcionários do estabelecimento tentando conter o agressor e acudir a vítima - além, é claro, de outros clientes que foram averiguar a ocorrência.
O marido da mulher, que estava no local, afirmou à imprensa que em nenhum momento houve interação entre os dois. Segundo seu relato não ocorreu uma discussão, uma disputa e sequer uma troca de olhares agressiva que pudesse explicar a motivação do ato. O agressor simplesmente se irritou com algo, que não se sabe o que é, e arremessou o carrinho sobre a vítima, que naquele momento mandava mensagens pelo celular. A mulher recebeu atendimento médico e está com boa saúde.
A Polícia Militar de Goiás foi chamada e conduziu o agressor até uma delegacia. Ele responderá em liberdade por lesão corporal leve. E foi exatamente isso o que motivou a reação da vítima.
“Estou buscando os meios legais para que ele seja detido e não faça isso com mais ninguém. A polícia fez o seu trabalho com excelência, mas a lei é falha. Agora esperamos decisão da Justiça. E eu ainda acredito nela. É o que me resta”, afirmou para a imprensa. Ela defende que o homem assumiu o risco de matá-la quando arremessou o carrinho sobre sua cabeça.
Já o agressor, que apareceu em outras imagens afirmando que teria sido chamado de doido e sofrido “tortura psicológica” e “bullying”, disse aos policiais que a mulher o chamou de “gay” e debochou dele. A vítima nega.
O homem assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e uma audiência para julgar o caso foi marcada para o próximo dia 19 de junho.