GOLPISTAS DO 8/1

“Vítimas” do 8/1 fazem mimimi e internautas detonam: “se estivesse em casa…”

Além disso, no ato, Jair Bolsonaro e aliados reforçam a mobilização por perdão político em manifestação esvaziada nesta quarta-feira (7)

Créditos: Divulgação/Silas Malafaia
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Com a aproximação do Dia das Mães, lançou-se uma campanha nas redes sociais que tenta sensibilizar e tornar palatável a narrativa dos golpistas de 8 janeiro de 2023. Pipocam vídeos de mães brasileiras aos prantos narrando o dia a dia de quem visita o filho preso por conta daquele fatídico domingo em que Brasília foi devastada. 
A coisa chegou a tal ponto em uma entidade batizada de Associação das Vítimas do 8 de Janeiro (Asfav) lançou uma ação para viralizar nas redes com relatos de casos ligados às prisões do 8/1, sob o slogan “Anistia Já!”. Só que nesses mesmos vídeos virais, a reação de boa parte dos internautas não foi a esperada, já que inúmeros comentários de gente revoltada com o vitimismo da família dos criminosos partiu logo para o sarcasmo: “se estivesse em casa, estaria livre”, era o que muitos respondiam ao se deparar com a campanha.

Num desses vídeos veiculados nas redes sociais, a mãe de um dos golpistas do 8/1 lamenta a situação em que se encontra e relata a visita ao filho na cadeia. Outra vez, a web não perdoou: “Se estivesse em casa, estaria livre... Sem anistia pra golpista, terrorista, arruaceiro, parvo pra caralho”, disparou um internauta, enquanto outro classificou a iniciativa como “uma conversinha fiada de preso político, né?”.

Veja o vídeo e a campanha da Asfav:
 

 

A narrativa dos apoiadores da PL da Anistia é de que a impunidade seria necessária para o perdão dessas pessoas, já que, segundo ele, os atos daquele dia nunca foram no sentido de uma manifestação com intuito de depredação ou golpe de Estado. Geralmente, nesses argumentos, surge a figura de “Débora do Batom”, a alcunha pela qual ficou conhecida Débora Rodrigues dos Santos, a mulher que pintou com batom os dizeres "Perdeu, mané" na estátua da Justiça. O problema é que seus apoiadores não dizem que ela está presa e foi condenada não pela pichação, e sim por outros cinco crimes graves imputados.

Além disso, a esperança do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seus aliados é de que o PL da Anistia tenha implicações diretas em sua situação política, já que atualmente ele está inelegível e ainda corre o risco de ser preso.

Caminhada pró-anistia, na quarta-feira (07/05)

Apenas três dias depois da alta hospitalar, ex-presidente Jair Bolsonaro, antes moribundo, doente, e publicando foto de seus órgãos internos nas redes sociais para tentar inspirar vitimismo, participou nesta quarta-feira (7) junto de aliados de uma manifestação pró-anistia aos golpistas envolvidos no 8 de janeiro de 2023. Entre os pedidos estão a “anistia irrestrita” e o retorno de Bolsonaro à Presidência.

É válido destacar que Bolsonaro foi declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, em 30 de junho de 2023, após acusações de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

Entenda o 8 de janeiro

Em 8 de janeiro de 2023, golpistas participaram do ataque aos prédios na praça dos Três Poderes, em Brasília, poucos dias depois da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O PL da Anistia surgiu com o intuito de perdoar essas pessoas, como a “Débora do Batom” – que ficou conhecida nacionalmente após pintar a estátua da Justiça com os dizeres “perdeu, mané!” durante a depredação, e até mesmo o ex-presidente Jair Bolsonaro. A iniciativa do PL é defendida pela oposição ao governo.

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