SEGURANÇA

Lady Gaga: Justiça soltou acusado de atentado mesmo após apreensão de 3 armas

Suspeito de planejar ataque em show de Lady Gaga foi liberado após pagar fiança, mesmo com três armas ilegais e indícios de risco à segurança pública

Show de Lady Gaga no Rio de Janeiro.Créditos: Reprodução de Vídeo/TV Globo
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O suspeito acusado de ter planejado o atentado à bomba durante o show da Lady Gaga, na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, tinha três armas ilegais, ao invés de uma, no momento em que teria sido abordado em flagrante na Operação Fake Monster.

O homem, chamado Luís Fabiano da Silva, efetuou o pagamento da fiança e foi liberado para responder em liberdade ainda que oferecesse risco à segurança pública pela posse ilegal das armas. Ele não compareceu à audiência de custódia e, depois, sua prisão preventiva foi decretada novamente.

O grupo liderado por Luís Fabiano promovia uma série de ataques a minorias, em especial ao público LGBTQIAP+.

Contexto jurídico

A posse ilegal de arma de fogo, apesar de grave, é considerada crime afiançável pela legislação brasileira, conforme o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003) e o Código de Processo Penal. Isso permite que, em certos casos, o suspeito responda em liberdade após pagamento de fiança.

No entanto, essa medida não elimina o risco à segurança pública — especialmente quando há indícios de envolvimento em atos violentos ou extremistas, como no caso da Operação Fake Monster. A soltura de um acusado armado ilegalmente pode expor falhas na prevenção de crimes e justificar, posteriormente, a decretação de prisão preventiva, como ocorreu neste caso.

Entenda o caso

Um grupo que planejava atentado à bomba durante a apresentação de Lady Gaga foi desarticulado no último sábado (3), graças à ação da Polícia Civil do Rio de Janeiro e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O assunto reacendeu o debate sobre a regulamentação das redes sociais.

Batizada de Fake Monster, a operação desarticulou uma rede criminosa digital – com o responsável pelo plano sendo preso e um adolescente apreendido. O plano era tratado como uma espécie de “desafio”, e diversos adolescentes foram aliciados e cooptados com conteúdo extremista e violento contra minorias, em especial o público LGBTQIAP+. Veja o perfil dos autores do atentado.

Um homem, considerado o articulador do plano, foi preso, um adolescente foi apreendido como colaborador, e um suspeito foi indiciado. Ao todo, foram 15 mandados de busca e apreensão cumpridos nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Mato Grosso.

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