Um atentado a bomba que seria executado durante o show da cantora Lady Gaga, na Praia de Copacabana, neste sábado (3), foi frustrado por uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do governo Lula.
A Operação Fake Monster desarticulou uma rede criminosa que atuava em plataformas digitais e planejava ações violentas com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os principais alvos do grupo eram crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
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"Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e da 19ª DP (Tijuca), em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), impediram um ataque a bomba no show da Lady Gaga, neste sábado (03/05). As instituições realizaram uma ação conjunta contra um grupo que disseminava discurso de ódio e preparava um plano, principalmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+", diz comunicado da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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Operação envolveu forças policiais de quatro estados
A ofensiva contou com a participação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da 19ª DP (Tijuca), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do MJSP. Polícias civis dos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo também participaram da ação, que foi realizada de forma simultânea em diferentes cidades.
Grupo extremista cooptava adolescentes com símbolos de ódio
De acordo com as investigações, o plano de ataque era tratado como um “desafio coletivo” entre os integrantes do grupo, que buscavam notoriedade nas redes sociais. Os criminosos aliciavam adolescentes e promoviam radicalização digital por meio de linguagens cifradas, simbologias extremistas e conteúdos violentos.
Um relatório técnico do Ciberlab revelou a existência de células digitais voltadas à disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e violência como forma de pertencimento e desafio entre jovens. O alerta partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do RJ.
Prisões e mandados em quatro estados
Durante a operação, um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. No Rio, um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil.
Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias (RJ); Cotia, São Vicente, Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT).
Ataque seria durante o show de Lady Gaga
A deflagração da operação foi planejada para impedir que as condutas digitais resultassem em ações violentas durante eventos de grande concentração popular, como o show da Lady Gaga. “O trabalho foi executado com discrição e precisão, evitando pânico ou distorção das informações junto à população”, destacou a Polícia Civil.
Em Macaé (RJ), outro integrante do grupo foi localizado. Ele planejava atentados e chegou a ameaçar matar uma criança ao vivo. Ele responderá por terrorismo e induzimento ao crime.
Nome da operação faz referência a fãs da cantora
O nome Fake Monster faz alusão ao uso de perfis falsos por parte dos aliciadores, que se passavam por fãs da cantora – conhecidos como “little monsters” – para atrair adolescentes. A suposta identidade inocente escondia redes fechadas com conteúdo violento e autodestrutivo.
Governo Lula reforça combate à violência digital contra jovens
O diretor da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) do MJSP, Rodney da Silva, afirmou: “Essa operação é um exemplo da capacidade de resposta integrada das Polícias Civis. Atuamos de forma cirúrgica para desarticular uma rede que cooptava jovens para práticas violentas em ambiente digital”.
As autoridades seguem analisando os dispositivos eletrônicos apreendidos e reforçam o compromisso com o combate à mobilização de redes digitais voltadas a crimes contra a juventude e a diversidade.
*Com informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública