A vereadora Camilla Gonda (PSB) humilhou o autor de ataques misóginos dirigidos a ela durante o pequeno expediente da Câmara de Vereadores de Curitiba, o também vereador Olimpio Araujo Junior (PL). O episódio ocorreu no mesmo dia em que a ministra de Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), foi atacada no Senado Federal e optou por retirar-se do local.
Camilla mostrou o número de proposições de seu mandato em comparação ao de seu agressor. Foram 1.015 proposições do mandato de vereadora contra 469 do parlamentar.
O caso veio à tona após Olimpio atacar a colega de Casa, dizendo que ela vivia de “lacração”, de “salto”, e usou a idade de Camilla para rebaixá-la.
Por meio da tribuna, ela respondeu que não aceitaria ser reduzida à forma como se veste, já que o vereador fazia críticas ao estilo da parlamentar. “O que você chama de lacração do meu trabalho, eu chamo de transparência. O que você chama de trabalho, eu chamo de ausência de compromisso com as pautas da população. Não aceito que me reduza a um salto, às roupas que uso ou à forma com que me posiciono”, rebateu.
Por meio das redes sociais, Camilla ainda se manifestou sobre o assunto, convidando-o a falar sobre seus projetos. “Ele apresenta projetos que, ao invés de ajudar, apenas dividem e atrasam. Se ele tem coragem de me atacar, atacar colegas vereadoras da esquerda e até mesmo alguns moradores da nossa cidade, convido-o a discutir projetos, apresentar propostas e mostrar trabalho com responsabilidade e respeito”, escreveu.
Veja o momento em que Camilla humilha o vereador:
Veja a íntegra da manifestação da vereadora Camilla Gonda nas redes sociais:
“Enquanto nosso mandato está lado a lado da população, ouvindo, dialogando e construindo políticas públicas, ele apresenta projetos que, ao invés de ajudar, apenas dividem e atrasam.
Se ele tem coragem de me atacar, atacar colegas vereadoras da esquerda e até mesmo alguns moradores da nossa cidade, convido-o a discutir projetos, apresentar propostas e mostrar trabalho com responsabilidade e respeito.
O que ele chama de “lacração”, eu chamo de transparência. O que ele chama de “trabalho”, eu chamo de ausência de responsabilidade com as pautas verdadeiramente importantes para Curitiba.
Política se faz com trabalho sério, compromisso e respeito. Não aceito que meu trabalho seja deslegitimado por ataques. Isso revela medo e despreparo para lidar com a força feminina.
Reafirmo que não vou aceitar que minha história, minha atuação, o trabalho da minha equipe e do meu mandato sejam reduzidos a ataques misóginos e vazios”