No Dia Internacional das Mulheres, celebrado no sábado (8), viralizou nas redes sociais um vídeo com parte de uma pregação do Frei Gilson que causou revolta. Em seu discurso, o religioso defende a submissão das mulheres aos homens, afirmando que elas vieram ao mundo para serem "auxiliares dos homens" e que devem abrir mão de poder e autonomia.
"Essa é uma fraqueza da mulher, ela sempre quer ter mais. 'Eu não me contento só em ser... em ter qualidades normais de uma mulher. Eu quero mais'. Isso é ideologia dos mundos atuais. Uma mulher que quer mais... vou até usar a palavra que vocês já escutaram muito: empoderamento!", inicia Frei Gilson.
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Em seguida, o religioso diz, aos gritos, que os homens é que devem comandar. "É claro ver que Deus deu ao homem a liderança. É claro ver que Deus deu ao homem ser o chefe. Isso está na Bíblia. O homem é o chefe do lar. O homem, foi dado a ele liderança. Mas a mulher tem o desejo de poder. Não é desejo de serviço, desejo de poder. Repito a palavra: empoderamento. Essa palavra é do mundo atual", declarou.
"Portanto, eu já começo a falar: a guerra dos sexos é ideologia pura. A guerra do masculino com o feminino é diabólica. Para curar a solidão do homem, Deus fez você [mulher] [...] Deus faz uma promessa para Adão: eu vou fazer alguém para ser sua auxiliar. Aqui você já começa a entender qual é a missão de uma mulher. Ela nasceu para auxiliar o homem", conclui o religioso.
As declarações de Frei Gilson causaram revolta entre mulheres e ativistas políticos. Diante da repercussão do discurso do religioso, foram resgatados vídeos com outros momentos do homem, entre eles, uma live patriota realizada em 2022, ano de eleição presidencial, onde ele, acompanhado de outro frei, pede a Deus que livre o Brasil "do flagelo do comunismo".
Dessa maneira, as polêmicas em torno de Frei Gilson, que é apontado por alguns militantes como a "face bolsonarista da Igreja Católica", dividiram opiniões: de um lado, alguns acham que o religioso deve ser deixado de lado e que atacá-lo aumenta a rejeição da esquerda; já outros afirmam que, por ele ser um extremista fervoroso, deve ser combatido.