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VÍDEO: Empresário é expulso de torneio de tênis por acusação de racismo

Filmagem realizada depois de sua retirada no evento mostra empresário xingando uma mulher e dizendo ser juiz, cargo que ele não tem; ele nega a acusação

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No Rio Open, torneio de tênis disputado em fevereiro deste ano, o empresário paulista Murilo Miyazaki foi expulso e filmado dizendo que “sairia no tapa” com a pessoa que conduzia.

O vídeo, obtido pelo portal Metrópoles e divulgado neste sábado (29), mostra ainda o empresário dizendo ser juiz, cargo que ele não tem. “Saiba que eu sou juiz de Bragança Paulista, aqui, aqui do seu lado, eu prendo você. Você não me prende”, diz ele.

“Quer vir aqui? Vamos que nós vamos sair no tapa agora. Vai se f*der, bando de b**ta!”. No vídeo, é possível ouvi-lo falando “comunista, sapatão”, como se xingasse alguém.

O Ministério Público do Rio (MPRJ) acusou o empresário de ter chamado um segurança do evento de "macaco'. Em depoimento, o segurança afirmou que foi acionado para conter Miyazaki, que estaria na arquibancada atrapalhando o andamento da partida. Após pedir silêncio a ele, o funcionário disse ter ouvido: “Não estou fazendo nada, não fiz nada, cara idiota, um merda, vai se foder, eu paguei…”.

Após a fala, Miyazaki teria xingado “entre os dentes”: “Macaco!”. Outras duas funcionárias afirmaram ter sido xingadas pelo empresário enquanto ele era conduzido para fora do evento.

Empresário nega

Na delegacia, após ser preso em flagrante, o empresário negou ter xingado o segurança, afirmando que apenas teria criticado a organização do evento.

O promotor de Justiça de Bragança Paulista Rogerio Jose Filocomo Junior, que o acompanhava no evento, foi sua testemunha, apontando que Miyazaki não teria proferido xingamentos racistas ou homofóbicos, utilizando somente “xingamentos sem nexo”, como “comunista”. O advogado de Miyazaki, Marco Aurélio Asseff, também sustenta que o empresário não “proferiu palavras racistas” contra o segurança.

Já em sua denúncia, o Ministério Público do Rio apontou que o empresário, de “forma livre e consciente, injuriou” o segurança, “ofendendo sua dignidade através da menção à sua raça de forma pejorativa”.

Com informações do Metrópoles

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