Em entrevista ao SBT, Everton, irmão de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, e sua esposa, Julia, falaram sobre o caso. Everton afirmou que já havia visto o suspeito Maicol Santos, preso pelo crime. "(conhecia) Mais ou menos de vista, porque estudamos na mesma escola. Depois, nunca mais. A gente já estudou na mesma escola", explicou. "Queremos saber qual motivo causou essa brutalidade com ela".
Julia destacou que espera uma resposta rápida da polícia. "Queremos que a justiça seja feita, que peguem os verdadeiros responsáveis, que eles paguem por tamanha crueldade que fizeram com ela".
Everton e a esposa recordaram os últimos dias de Vitória antes do desaparecimento e destacaram que a adolescente estava feliz. "Ela era uma menina muito doce, carinhosa com o sobrinho, os irmãos, os pais, tinha amizade com todo mundo. A gente não sabe o que possa ter causado essa crueldade com ela", disse o irmão.
Eles também afirmaram que Vitória nunca mencionou ameaças ou perseguições.
"Ela não relatava nada de perseguição, ou alguém atrás dela. Ela estava super feliz com o emprego, estava adorando. E tinha o sonho de fazer necropsia, era o maior sonho, mexer com o corpo", afirmou o irmão.
O caso
O caso do bárbaro assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, encontrada com sinais de tortura e degolada numa área de mata de Cajamar, na Região Metropolitana de São Paulo, após ficar sete dias desaparecida, chocou o Brasil e ainda segue sem solução. A Polícia Civil de São Paulo afirma que as investigações estão avançadas e que pelo menos seis pessoas são suspeitas de participarem do crime, sendo que uma delas, Maicol Antônio Sales dos Santos, de 27 anos, já se encontra na cadeia.
Um outro nome muito citado nas investigações, e que de acordo com as informações da polícia seria de um “comparsa” de Maicol, é o do controlador de acesso Daniel Lucas Pereira, de 34 anos. Pai de dois filhos e morador do mesmo bairro afastado de Cajamar onde reside a família da vítima e também o principal acusado pela monstruosidade, ele resolveu quebrar o silêncio e deu uma breve entrevista desesperada, acompanhado da mãe, para a reportagem do SBT.
Daniel afirma peremptoriamente que não tem qualquer relação com o crime, o que é endossado por Maria Aparecida Lucas Pereira em relação ao filho. Ela, aliás, explica que as duas famílias, a sua e a de Vitória, já foram muito próximas e que se afastaram com os anos, mas sem nenhum motivo específico.
E teria sido justamente por conta desse afastamento que uma suspeita teria recaído sobre Daniel. Com o desaparecimento da adolescente, ele teria se sentido motivado a ajudar nas buscas e, ao tomar conhecimento ainda no primeiro dia de que um carro de cor prata com as mesmas características do de Maicol teria sido visto circulando na região do sumiço, resolveu fotografar o automóvel. Ao ser interrogado pela polícia, a foto do veículo no dia do rapto da garota o colocou como suspeito. A versão foi aceita inclusive pela Justiça, que negou o pedido de prisão preventiva apresentado pelo delegado que comanda o inquérito sobre o crime.
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