O assassinato do secretário-adjunto de Segurança Pública de Osasco dentro da prefeitura da cidade, nesta segunda-feira (7), foi motivado por uma razão totalmente banal. O guarda-civil municipal Henrique Marival de Sousa havia participado de uma reunião com o secretário Adilson Custódio Moreira na sede do Executivo municipal antes de cometer o crime.
Adilson tinha marcado uma reunião com agentes da Guarda Civil Municipal (GCM) da cidade para discutir a estrutura da corporação na nova gestão, empossada em 1º de janeiro. O encontro acontecia na Sala Oval, principal espaço de reunião da sede da prefeitura. Ao final da reunião, o secretário convidou cada um dos agentes para conversar individualmente em uma outra sala e Henrique foi o último entrar. Os demais guardas-civis saíram do local, a porta foi trancada e, então, ouviram-se disparos de arma de fogo.
O guarda-civil teria matado o secretário-adjunto por não ter concordado com uma mudança na escala de trabalho. Na reunião, foram definidos quem seriam os agentes que fariam a segurança do prefeito e Henrique ficou de fora da lista. Isto é, não permaneceria trabalhando na prefeitura. Ele não gostou da ideia, se descontrolou e resolveu assassinar o secretário-adjunto.
Assim que foi comunicada a ocorrência, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar foi acionado para fazer as negociações de saída do agente da sede da administração municipal, os corredores do prédio foram interditados para os trabalhos policiais e os demais funcionários foram orientados a deixar o local. Quando o guarda-civil finalmente se entregou para ser preso, os policiais constataram que o secretário-adjunto já estava morto dentro da sala.
"A partir do momento que ele verificou uma certa confiança em poder se entregar, sem qualquer consequências, ele deixou a arma no local se se entregou. Só que, infelizmente, o médico adentrou e verificou que o secretário já estava morto há algum tempo, mesmo antes de qualquer ação da guarda civil, bem como das nossas equipes do Gate", disse o comandante da Tropa de Choque da Polícia Militar (PM), Valmor Racorti.
Henrique Marival de Sousa permanece preso à disposição da Justiça.
O que diz a prefeitura de Osasco
O prefeito de Osasco, Gerson Pessoa, não estava na prefeitura quando o assassinato do secretário-adjunto foi cometido. Em publicação nas redes municipais, o mandatário municipal se disse "consternado" com a situação. Ele decretou luto oficial de três dias na cidade.
"Estou consternado com essa situação. Vamos acompanhar a família do Moreira e oferecer todo o suporte necessário neste momento de dor. Nossas orações à família e aos amigos da vítima neste dia tão triste para Osasco", escreveu.
O que diz a SSP
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo, por sua vez, informou em nota oficial que o assassino do secretário foi encaminhado ao 5º Distrito Policial de Osasco.
"O autor do crime se entregou após negociações do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar. Ele será encaminhado ao 5º Distrito Policial da cidade, onde será ouvido e indiciado. Exames periciais foram solicitados e mais informações serão fornecidas após o registro do boletim de ocorrência", diz o comunicado.