Guilherme Boulos (PSOL), deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo, garantiu nesta sexta-feira (27) que deverá recorrer à Justiça para anular e, posteriormente, revisar contratos de concessão firmados entre a gestão Ricardo Nunes (MDB) e empresas privadas responsáveis pelas administrações dos serviços funerário e de transporte do município.
De acordo com o deputado federal, não há muita margem de manobra para quem quer que seja eleito o próximo ocupante da cadeira no Edifício Matarazzo. Isso porque nem todos os contratos firmados pelo atual prefeito poderão ser contestados judicialmente.
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“Sobre a concessão dos parques municipais, você só pode revogar uma concessão caso os termos da concessão não sejam cumpridos. Você não pode desfazer uma concessão sob contrato só por não concordar com ela ou porque a gestão mudou”, explicou o candidato do PSOL.
Entretanto, Boulos prometeu a jornalistas que irá “passar um pente fino” nos contratos assinados entre prefeitura e empresas particulares. O candidato garantiu lutar pela revisão de todas as concessões com alguma suspeita de irregularidade.
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“Por que eu me comprometi em revogar os contatos de concessão dos cemitérios da cidade?”, admitiu o aspirante a prefeito de SP. “Porque os contratos de concessão não estão sendo cumpridos pelas empresas e a população está sendo penalizada por isso”, acrescentou.
Sobre as empresas de ônibus, o deputado federal usa o mesmo argumento para tentar cancelar acordos firmados com empresas sob suspeita de envolvimento com a organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
“Por que que eu disse que vou passar pente fino nos contratos de ônibus?”, questionou o candidato. “Porque o termo de concessão que garante, inclusive, o contrato de remuneração das empresas por viagens realizadas e não por passageiro transportados não está sendo cumprido, pois a gestão atual criou fases de transição que são absurdas”, concluiu Boulos.
O candidato psolista participou de um encontro em um hotel da zona oeste da cidade com representantes da mídia progressista em um hotel localizado na zona oeste de São Paulo.