O ex-coach goiano Pablo Marçal (PRTB) causou tumulto na tarde desta quarta-feira (11) ao visitar a Bienal do Livro 2024, que acontece no Distrito Anhembi, zona norte da capital paulista. Ao deixar o local, o candidato à Prefeitura de São Paulo aproveitou para alfinetar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que tenta a reeleição e disputa com o influenciador digital os votos da extrema direita.
Primeiro Marçal foi questionado sobre a recepção do público no evento literário, ao que ele respondeu que “todo dia está falando que as pesquisas estão erradas” e que “o povo tá na revolta aí”, acrescentando que “será no primeiro turno [a sua vitória]”.
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Na sequência, depois de ouvir de uma jornalista o resultado da última pesquisa Quaest, divulgado momentos antes da entrevista, na qual ele surge em segundo lugar, um ponto percentual atrás de Nunes, o candidato foi provocativo e ácido com o adversário que tenta mais um mandato no Palácio do Anhangabaú.
“Fala para o Nunes vir aqui e cair nos braços do povo igual eu”, disparou, rindo para os repórteres.
A visita de Pablo Marçal gerou confusão e alvoroço entre os visitantes da feira do livro. Atraídos pelo aglomerado de gente, alguns não sabiam o que estava acontecendo.
“Ah, é o Marçal!?”, surpreendeu-se Carina, que acompanhou o movimento achando se tratar de outra celebridade. “Achei que fosse o Cafú [o ex-jogador de futebol pentacampeão do mundo pelo Brasil]”, explicou a mulher em meio ao tumulto.
Crianças da rede pública municipal que visitavam o evento também se empolgaram. “O Marçal chegou! O Marçal chegou!”, repetiam os jovens, em sua maioria não eleitores, menores de 16 anos.
O candidato do PRTB visitou um estande que expunha os seus livros e autografou alguns exemplares. A multidão formada por pequenos leitores avançou derrubando obras, prateleiras e totens que promoviam outros títulos da editora. Entre das dezenas e dezenas de exemplares pisoteados pelos curiosos e fãs de Marçal estavam cópias de '1984', do escritor inglês George Orwell (1903-1950), romance distópico crítico ao autoritarismo e à manipulação da verdade.