O dono de um supermercado em Aparecida de Goiânia (GO) e três funcionários foram presos pela Polícia Militar por um crime bárbaro: eles espancaram com uma barra de ferro e atearam fogo em um homem acusado de furtar um par de sandálias do estabelecimento.
O caso ocorreu na última sexta-feira (6). A vítima, após as agressões e quase inconsciente, foi abandonada pelos agressores em uma área rural, mas conseguiu se arrastar e pedir ajuda a um morador de uma chácara, que acionou a polícia.
"O proprietário e os outros funcionários pegaram ele, levaram para o fundo da loja, bateram nele com murros, socos, pontapé e ainda usaram uma barra de ferro. Após isso tudo, eles jogaram álcool nele e atearam fogo", disse o delegado responsável pelo caso, Adriano Jaime, ao jornal local O Popular.
Jaime classificou o crime como de "extrema crueldade" e enfatizou que a violência empregada foi desproporcional ao suposto furto, e que os envolvidos responderão por tentativa de homicídio qualificado.
"A vítima conseguiu se arrastar e pedir ajuda em uma fazenda para um morador que estava próximo. O morador foi o quem acionou a PM e o Samu, a vítima ainda estava consciente e contou quem teriam sido os autores. Aos policiais, eles confessaram o crime, mas quando foi lavrado o auto de prisão em flagrante, eles permaneceram em silêncio", detalhou o delegado à TV Anhanguera.
A vítima, que não teve o nome revelado, foi internada no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira com 80% do corpo queimado. Trata-se de um homem que já foi preso por roubo, usa tornozeleira eletrônica e é monitorado desde março deste ano.
Já o dono do estabelecimento e os três funcionários foram conduzidos à Central de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, sendo que um deles foi liberado após audiência de custódia por, supostamente, ter "apenas" dirigido o carro utilizado para abandonar a vítima em uma área rural. O proprietário dos supermercado e os outros dois funcionários tiveram as prisões em flagrante convertidas para preventiva e permanecem encarcerados.
*Com informações de O Popular e TV Anhanguera