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Ricardo Nunes paga R$ 4,11 garrafa de água para população de rua; Psol aciona Justiça

Produto é fornecido pelo bufê Prime Alimentação e Eventos, que pertence à família de apoiadores do vereador Rodrigo Goulart, aliado político de Nunes e que assinou CPI contra Julio Lancellotti por distribuição gratuita de comida aos moradores em situação de rua

Rodrigo e Antonio Goulart com Ricardo Nunes e o candidato a vice, Mello Araújo.Créditos: Facebook / Rodrigo Goulart
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O PSOL, partido de Guilherme Boulos (PSOL) entrou com pedido no Ministério Público de São Paulo para investigar um suposto esquema de superfaturamento, encabeçado pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB), em compras de alimentos e água para distribuição à população em situação de rua.

A ação, que pede a abertura de inquérito para investigar atos de improbidade administrativa e corrupção, é baseada em uma reportagem do portal Uol, divulgada na sexta-feira (16), que mostra que a prefeitura pagou R$ 4,11 em cada garrafa de meio litro de água, sendo que a mesma marca é vendida em supermercados por R$ 0,77 - mais de 400% de superfaturamento.

Além da água, a prefeitura pagou R$ 11,92 em uma sopa pequena ao mesmo fornecedor que cobra R$ 10 por marmitas com o dobro do tamanho fornecidas ao programa Cozinha Cidadã.

Um copo de chá sai por R$ 3,91 e de achocolatada R$ 4,32.

Segundo a reportagem, a comida é fornecida pelo bufê Prime Alimentação e Eventos, que pertence à família de apoiadores do vereador Rodrigo Goulart (PSD), aliado político de Nunes.

"O UOL revelou que a empresa Prime alimentação e Eventos pertence aos irmãos
Fabiano e Giuliano Ribeiro da Silva, que a família tem grande influência política na zona sul de São Paulo e que é aliada antiga do vereador Rodrigo Goulart (PSD) e do pai dele, o ex-vereador e ex-deputado federal Antonio Goulart", diz a ação proposta pelo PSOL.

Na Câmara municipal, Goulart assinou um pedido de abertura da CPI, proposto pelo vereador do MBL Rubinho Nunes, para investigar a doação de comida aos pobres pelo padre Júlio Lancellotti e ONGs que atuam na região central da capital paulista.

"A reportagem indicou haver suspeitas de direcionamento para favorecer a empresa dos irmãos Ribeiro da Silva, pois outras quatro empresas ofereceram preços melhores, mas foram eliminadas da disputa, inclusive por exigências que não constavam no Edital do Pregão Eletrônico", diz o pedido de investigação.

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