ELEIÇÕES

Datafolha: Bolsonaro corre o risco de perder em SP e no RJ

A campanha acabou de começar, mas as primeiras pesquisas mostram que o ex-presidente não controla totalmente o voto de seus eleitores

Datafolha: Bolsonaro corre o risco de perder em SP e no RJ.Créditos: Agência Brasil/ redes sociais
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O instituto Datafolha divulgou nesta quinta-feira (22) uma série de pesquisas com intenções de voto em variadas regiões, e duas delas mostram que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nas ruas em campanha intensa pelos seus aliados, pode sofrer derrota nos principais colégios eleitorais: São Paulo e Rio de Janeiro.

Em São Paulo, o Datafolha confirma o fenômeno de Pablo Marçal (PRTB), que cresceu 7 pontos e está tecnicamente empatado com Guilherme Boulos (PSOL) na primeira posição, com 21% e 23%, respectivamente. Ricardo Nunes, o candidato de Bolsonaro, aparece em terceiro lugar com 19%.

No Rio de Janeiro, a situação também não é nada boa para o aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro: Alexandre Ramagem (PL) aparece na segunda colocação com 9%, porém, Eduardo Paes (PSD) segue na dianteira com 56%.

As pesquisas do Datafolha, no entanto, trazem outros números que são tão importantes quanto, senão mais, do que a votação geral. O levantamento revela, principalmente em São Paulo, que o ex-presidente não controla totalmente o seu eleitorado.

De acordo com dados do Datafolha, 44% dos eleitores que votaram em Bolsonaro em 2022 declararam voto em Pablo Marçal. Esse número era de 29% há duas semanas. Ou seja, apesar dos apelos do ex-presidente, o seu eleitorado migrou para o coach.

Marçal também lidera em dois grupos que costumam votar em Bolsonaro: entre os homens (28%) ante 18% de Nunes; e entre os evangélicos, onde o candidato do PRTB tem 30% da preferência, ante 22% de Nunes.

A disputa eleitoral acabou de começar, mas já dá sinais de que o ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser o grande derrotado ao perder São Paulo e Rio de Janeiro. Mas, claro, esse cenário ainda pode ser revertido.

Como se observou nos últimos dias, a família Bolsonaro e sua claque vão continuar em campanha contínua contra Pablo Marçal e orientar o seu eleitorado a votar em Ricardo Nunes. Até aqui, a estratégia não funcionou... O jogo segue em aberto, mas com vantagem para Marçal e, pior, com votos dos bolsonaristas.