Pagos com dinheiro público, policiais militares de São Paulo sacaram armas e espancaram trabalhadores que faziam um protesto contra a política de terceirização do Santander em frente à sede do banco privado na capital paulista no Dia Nacional de Luta, nesta quinta-feira (22).
Alerta: a reportagem a seguir contém vídeo com cenas fortes que pode impactar algumas pessoas. A Fórum reproduz por se tratar de interesse jornalístico
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“Estamos desde as primeiras horas da manhã em um movimento pacífico de diálogo com os trabalhadores, e o Santander acionou a Polícia Militar, que chegou com extrema truculência e agressividade, agredindo fisicamente as pessoas. Neste momento tem pessoas machucadas que precisaram recorrer ao ambulatório”, relatou Lucimara Malaquias, secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
As imagens mostram PMs, subordinados ao governo Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), arrancando armas para ameaçar trabalhadores e agredindo, inclusive mulheres, com cacetetes e empurrões.
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“Mais uma atitude antissindical do banco espanhol Santander, que aplica as piores condutas com os seus trabalhadores, e hoje é o maior responsável por intensificar o processo de terceirização de seus funcionários e desrespeitar o acordo coletivo", afirma Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato.
A Campanha Nacional dos Bancários, desencadeada em todo o país, tem como uma das principais bandeiras expor a política de terceirização levada a cabo pelo Santander e pelo Itaú, que acumulam lucros bilionários. O Santander registrou lucro líquido recorrente de R$ 9,383 bilhões no Brasil em 2023. Já o Itaú Unibanco lucrou R$ 35,6 bilhões no período.
As duas instituições financeiras estão transferindo seus funcionários para outras empresas do mesmo conglomerado, cada uma com um CNPJ diferente e vinculada a um sindicato distinto.
Segundo o sindicato, essa é uma forma encontrada pelo banco para fragmentar seus trabalhadores – enfraquecendo a representação sindical – e reduzir direitos e remuneração.
O Santander está promovendo este processo desde o segundo semestre de 2021. E utiliza, para isto, empresas criadas para este fim, como STI, SX, Santander Corretora, F1RST, Prospera e SX Tools.
O Itaú também vem terceirizando setores inteiros, como a Central de Gerentes, a Gerência de Atendimento ao Cliente, SAC, Pool de Qualidade das Agências digitais Personnalité e chats.
Veja as imagens da repressão policial (CENAS FORTES)