Um crime misterioso mobiliza os investigadores da DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) da Polícia Civil de São Paulo. Um idoso de 77 anos foi encontrado morto, amarrado com fios metálicos nas pernas e punhos, na noite de terça-feira (16), num imóvel de alto padrão do bairro luxuoso do Jardim Europa, na capital paulista.
O cadáver de Carlos Alberto Felice foi encontrado na garagem de sua residência, na Rua Prudente Correia, após um sobrinho dele ir até o local, chamar pelo tio e tocar a campainha, por volta das 20h, e ninguém atender. Ele resolveu aparecer na residência após um vizinho de Felice contar para a mãe do rapaz que o idoso não aparecia havia alguns dias na igreja do bairro. Sem resposta, o sobrinho acionou a PM, que compareceu ao endereço e ingressou no casarão, encontrando o corpo.
Enquanto os policiais davam sequência à ocorrência e vistoriavam a casa, um morador da região foi até o sobrinho de Felice e relatou ser amigo da vítima há mais de 30 ano, para na sequência contar que o idoso teria vendido a casa e mantido no interior dela mais de R$ 3,5 milhões em espécie, valor referente à transação. De acordo com esse amigo, algumas pessoas sabiam que “havia um bom dinheiro lá dentro”.
A família da vítima entrou em contato então com o advogado dele, que confirmou a venda do imóvel pelo valor mencionado, pago em dinheiro vivo e mantido no interior da residência de Felice. Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) não confirmou se o montante estava na casa, assim como o boletim de ocorrência, que não faz menção ao dinheiro.
Outro ponto notado pelos investigadores foi o de que o carro de Felice, um Hyundai HB20, não estava na garagem. Um vigilante que trabalha naquela rua contou aos PMs que a última vez que viu o senhor idoso sair com o veículo foi na quinta-feira (11) da semana passada, mas não soube dizer se ele estava acompanhado na ocasião.
Ainda não há uma linha de investigação oficial confirmada pela Polícia Civil paulista, que se limitou a dizer que a apuração das circunstâncias do crime está a cargo do DHPP, com auxílio direto do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais).