DOCE MORTAL

VÍDEO: Suspeita de assassinar namorado com brigadeirão envenenado se entrega à polícia

Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que estava foragida, chegou a sorrir em um primeiro depoimento ao delegado logo após o corpo de seu namorado ser encontrado em estado avançado de decomposição

Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado se entrega à polícia.Créditos: Reprodução
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Júlia Andrade Cathermol Pimenta, considerada a principal suspeita pela morte do próprio namorado, o empresário Luiz Marcelo Ormond, foi presa na noite desta terça-feira (4) após se entregar à Polícia Civil do Rio de Janeiro. 

Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o momento em que a mulher, acompanhada por policiais, chega à 25ª DP de Engenho Novo. A prisão ocorreu após uma negociação dos investigadores com a mãe e o padrasto da suspeita, que prestaram depoimento. 

Júlia era considerada foragida desde o dia 22 de maio, quando prestou um primeiro depoimento. Naquele momento, ela não era tida como suspeita e o corpo de seu namorado havia sido encontrado dois dias antes em estado avançado de decomposição no apartamento em que vivia. Ela chegou a sorrir diante do delegado na primeira oitiva. 

Segundo a polícia, a mulher teria matado o marido dando a ele um brigadeirão envenenado para comer. O intuito de Júlia seria se apropriar dos bens e dinheiro do homem após sua morte. 

"A motivação é econômica. Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união", disse o delegado Marcos Buss. 

"Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", prosseguiu. 

As investigações sobre o caso seguem em andamento. 

Veja vídeo do momento em que Júlia Andrade Cathermol Pimenta chega à delegacia para ser presa: 

Deu risada no depoimento 

Júlia Andrade Cathermol Pimenta,sorriu durante o depoimento que prestou ao delegado responsável pelo caso. Quando participou da oitiva, em 22 de maio, o corpo de seu companheiro já havia sido encontrado em estado avançado de decomposição no apartamento em que vivia, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em estado avançado de decomposição. 

Imagens do depoimento foram veiculadas pelo programa "Fantástico", da Globo, na noite deste domingo (2). Segundo o delegado Marcos Buss, Júlia passou a ser considerada suspeita durante o depoimento e, logo depois, foi expedido um mandato de prisão.

Ela sorriu no momento em que relatou ter recebido um buquê de flores de Luiz Marcelo Ormond, afirmando que havia terminado o relacionamento com o empresário por ter descoberto, supostamente, que ele flertava com outras mulheres pela internet. Segundo Júlia, nos últimos dias antes da morte o homem estaria "muito cansado e estressado". 

Apesar causa da morte ainda não ter sido revelada, investigadores suspeitam, com base no depoimento Suyaney Breschak, presa por suposta participação no crime, que Luiz Marcelo Ormond teria morrido após comer um "brigadeirão" envenenado supostamente dado por Júlia. Ele foi visto pela última vez no dia 17 de maio em registro de câmera de segurança do elevador do prédio que morava, justamente com a namorada. Nas imagens, ele aparece tonto, segurando uma cerveja, enquanto a mulher segura um prato. 

Comprou remédio com receita para envenenar brigadeirão 

Júlia teria utilizado um medicamento com prescrição médica para envenenar o brigadeirão que teria causado a morte do homem, cujo corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição em seu apartamento, na Zona Norte do Rio de Janeiro, no dia 20 de maio. 

A informação foi dada pelo funcionário de uma farmácia, que prestou depoimento à Polícia Civil nesta segunda-feira (4). Segundo ele, Júlia teria comprado Dimorf, um medicamento à base de morfina, no dia 6 de maio, e os investigadores suspeitam que a mulher tenha utilizado o remédio para envenenar o brigadeirão que teria matado Luiz Marcelo Ormond. 

Segundo o trabalhador da farmácia, Júlia pagou R$ 158 pelo medicamento. Ele prometeu aos policiais levar a receita médica que permitiu a compra do remédio.