Depois de toda a tragédia das enchentes que destruiu parte do Rio Grande do Sul, agora o gaúcho sofre com a inoperância de alguns prefeitos que simplesmente não cadastram seus cidadãos para receberem auxílio do governo federal.
Enquanto as pessoas passam necessidades, prefeitos de 166 municípios do Rio Grande do Sul afetados pelos enchentes ainda não inscreveram uma única família nos programas federais.
Que fosse um ou outro prefeito, poderia-se pensar em problemas específico, localizado, mas 166 é um número grande que faz parecer coisa orquestrada para botar a culpa no governo federal, como fez recentemente o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, logo desmentido pelo governo Lula.
Numa entrevista à revista Veja, Melo afirmou que o governo federal "não compra imóvel, não apresenta alternativa e ainda não coloca um centavo nos abrigos".
Após a declaração do prefeito, o governo veio a público desmentir a afirmação. De acordo com informações do site oficial da Secretaria de Comunicação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destinou R$ 3,11 milhões em recursos para a prefeitura de Porto Alegre para alimentação, abrigo e serviços de acompanhamento social.
É mentira que o Governo Federal não dedicou recursos para os abrigos em Porto Alegre. A verdade é que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) destinou R$ 3,11 milhões em recursos para a prefeitura da capital gaúcha atender às demandas básicas da população por alimentação, abrigo e serviços de acompanhamento social.
O governo ainda informou que cerca de 25 mil moradores já foram atendidos com os repasses na capital gaúcha. Até sexta-feira (20), o MDS disponibilizou mais de R$ 28,8 milhões para 97 municípios que solicitaram o recurso para estruturar e manter alojamentos provisórios. Além disso, já são 154.573 mil pessoas acolhidas nesses locais, desde o início das chuvas intensas no estado.
O mesmo pode estar acontecendo nos 166 municípios que não cadastraram nenhuma família no governo federal. Famílias que poderiam estar recebendo o Auxílio Reconstrução.
O ministro da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, denunciou o fato e prorrogou o prazo para que haja o cadastramento.
Nesta segunda-feira, 24, o ministro Pimenta apresentou um site one as pessoas poderão acompanhar todas as ações do governo federal na Reconstrução do Rio Grande do Sul.
O site disponibiliza a consulta pública dos recursos transferidos ao governo estadual, a cada município ou região. O ministro Pimenta adiantou que governo federal publicará, em mais alguns dias, os nomes de pessoas físicas beneficiárias do programa Auxílio Reconstrução, com o valor unitário de R$ 5,1 mil, além, de empresas que tomaram empréstimos no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) Solidário e em linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). [Agência Brasil]
Até o momento, o governo brasileiro destinou R$ 91 bilhões ao RS. Deste total, R$ 73,4 bilhões são novos investimentos e R$ 17,6 bi se referem a antecipações de benefícios e prorrogações de tributos.