Professores das universidades federais decidiram, após assembleias estaduais realizadas na noite deste domingo (23), encerrar a greve que já durava 69 dias. Foram, ao todo, 33 votos das instituições filiadas à entidade a favor do fim da greve e 22 contrários.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), o encerramento das paralisações deve ser informado oficialmente ao governo Lula, através do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, na quarta-feira (26), ocasião em que deve ser assinado um acordo.
Antes, mais de vinte instituições já haviam anunciado o fim da greve, entre elas UFPR, UnB, UFBA, UFABC, UTFPR, UFRPE, UFRB e UFFS. Trabalhadores do serviço Técnico-Administrativo em Educação (TAE) de Institutos Federais também anunciaram que encerrarão a greve neste domingo.
As categorias aceitaram a proposta do governo Lula, que inclui um reajuste de salários em duas parcelas: 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em abril de 2026.
Segundo o Andes, as paralisações deverão ser finalizadas por completo até o próximo dia 3 de julho.
Demandas dos grevistas
Entre as principais reivindicações dos servidores federais estão a recomposição salarial entre 22,71% a 34,32%, reestruturação das carreiras da área técnico-administrativa e de docentes, revogação de “todas as normas que prejudicam a educação federal aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro”, como o Novo Ensino Médio, recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.
Em março, servidores técnicos administrativos em educação (TAEs) já haviam anunciado a paralisação em ao menos 30 universidades do país.