O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República Paulo Pimenta afirmou que o Concurso Nacional Unificado (CNU) pode sim ser adiado, ao contrário da nota emitida pelo Ministério de Gestão e Inovação.
O chefe da pasta afirmou no Bom Dia Ministro desta sexta-feira (3) que o governo segue discutindo a questão e que existe possibilidade de adiamento nacional do certame.
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“No mais tardar, até o início da tarde de hoje, a gente precisa ter uma orientação definitiva sobre a realização do concurso”, afirmou o gaúcho.
O governo debate a prorrogação da data por conta da tragédia causada pelas chuvas no RS. Até o momento 32 pessoas morreram e mais de 10 mil foram desalojadas no estado.
Na entrevista, Pimenta confirmou informações adiantadas pela Fórum sobre os dilemas jurídicos e logísticos que envolvem um eventual adiamento.
“A possibilidade de adiamento do concurso tem um custo de R$ 50 milhões. São mais de 2,5 milhões de inscritos em todo o país. A princípio, a ideia de suspender o concurso só para o Rio Grande do Sul, do ponto de vista jurídico, é muito questionável. Outra hipótese que existiria é a suspensão total do concurso. A não ser que haja alguma decisão judicial nesse sentido", completa.
“O que estou afirmando é que nós vamos buscar segurança jurídica porque alguém poderia me perguntar: deve ser judicializado para que não ocorra prova no Rio Grande do Sul? É muito provável [que aconteça]. Como é provável que seja judicializado em outros estados para garantir que a prova ocorra. Não podemos levar o concurso para uma insegurança jurídica. Vamos tomar uma decisão consolidada no decorrer das próximas horas para garantir a tranquilidade e a segurança jurídica necessária para todas as pessoas que vão participar desse certame", afirmou.