Para alegria do presidente do Banco Central, o bolsonarista Roberto Campos Neto, os juros no Brasil estão nas alturas.
Para quem tem dinheiro aplicado e os milionários e bilionários que vivem de aplicações no mercado financeiro é o melhor dos mundos.
Mas para o povão é uma desgraça. Quem não tem dinheiro para comprar à vista e precisa do crédito, "tá lascado", como se diz.
Os juros estão um absurdo. Só não dizemos em público que são um roubo, que os bancos nos roubam, porque não temos dinheiro para fazer frente aos advogados deles.
Mas no particular, ou quando não tem ninguém nos ouvindo, ou para nós mesmos, dizemos: ladrões!
Pior é quando o cidadão não tem escolha, precisa de um dinheiro de emergência, mesmo que seja num valor pequeno, e está a zero.
Se não tem a quem apelar, se é um duro no meio de duros, acaba caindo nas mãos dos agiotas — o que não é aconselhável, porque o cobrador deles tem o dedo nervoso — ou então no famigerado cartão de crédito caindo na cilada do rotativo.
Na rede X, um cidadão mostrou um print a fatura de um empréstimo que pegou no cartão do Santander (mas não ia ser diferente em outro, é tudo igual).
Ele pegou R$ 20 e a fatura discriminou o que ele iria pagar por aqueles R$ 20:
- Juros: R$ 3,19
- IOF: R$ 0,13
- Tarifa: R$ 18,80 (quase o valor do empréstimo)
- Valor total: R$ 42,12 (mais do que o dobro do que pegou)
Confira:
Ou o Brasil acaba com a saúva (o BC independente) ou a saúva acaba com o Brasil.