NO LUGAR CERTO, NA HORA CERTA

Jandira Feghali salva passageira da morte durante voo

Parlamentar comunista contou com ajuda do deputado Daniel Soranz, que também é médico, para socorrer a mulher que passou mal em avião

A deputada federal Jandira Feghali.Créditos: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que é médica, salvou uma passageira da morte durante um voo na última terça-feira (21) que saiu do Rio de Janeiro rumo a Brasília. 

Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, a tripulação da aeronave emitiu um comunicado através do sistema de som solicitando a ajuda de algum médico a bordo para socorrer uma passageira que havia tido uma reação alérgica grave após comer um biscoito de mandioca. 

Jandira, então, socorreu a mulher com a ajuda do deputado federal Daniel Soranz (PSD-RJ), que também é médico e estava sentado ao lado da colega comunista.

A passageira, no momento do socorro, já estava com um quadro de edema de glote, quando há o fechamento das vias aéreas e a pessoa não consegue respirar, correndo risco de morte. Os parlamentares médicos, então, prepararam uma medicação injetável com remédios da caixa de medicamentos do avião. Soranz manipulou solução e Jandira fez a aplicação. O atendimento durou cerca de 40 minutos. 

De acordo com Jandira Feghali, a passageira poderia ter morrido se não fosse socorrida a tempo. 

"O kit médico é próprio para médicos. Você abre e tem adrenalina, atropina, injeção intracardíaca, tem de tudo ali. Tudo vem com o nome do princípio ativo, não tem nome fantasia (...) A passageira saiu bem, foi aquela sensação de você ter salvado alguém ali. Se não tem medicação, ela podia dançar. O edema de glote fecha mesmo". 

Socorro a Flávio Bolsonaro 

Em 2016, durante debate entre candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro, a deputada federal Jandira Feghali socorreu o então deputado estadual, hoje senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que passou mal e desmaiou em pleno estúdio de TV. 

"Fui tentar atender e o pai dele não deixou, disse que comunista não podia pegar no filho dele. Ele passou mal, eu e Carlos Osório, que estava do outro lado do debate, o seguramos. Eu vi que ele ia cair, eu segurei e pedi para interromper o debate e fui atendê-lo, mas o pai dele disse que comunista não tocava no filho dele", declarou a parlamentar em uma entrevista no ano de 2018. 

A deputada ainda contou que o senador teve diarreia no meio do debate e saiu de lá em um estado complicado. "Ele [Jair Bolsonaro] levou o filho embora, porque o filho passou mal, inclusive teve diarreia na hora, saiu de lá todo... Saiu de lá todo...", revelou.