Chegou neste sábado (11) ao porto da cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, o Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, a maior e mais importante embarcação de guerra da Marinha do Brasil, para servir de base nas ações de socorro e resgate das vítimas das catastróficas cheias que assolam o estado mais meridional do país.
Mais formidável arma naval da América Latina, o colossal navio capaz de transportar até 18 helicópteros cargueiros de grande porte e mais de 40 blindados pesados, ou caminhões, o NAM trouxe ao território gaúcho inúmeras aeronaves e ainda 24 embarcações de pequeno e médio portes para auxiliar nas operações de salvamento e resgate que se desenrolam no estado. Com 203 metros de comprimento e 35 de largura, o gigante foi lançado ao mar em 1998 pela Marinha Real do Reino Unido e serviu por 20 anos à potência europeia, sendo vendido depois ao Brasil em 2018, com total capacidade operacional e modernos sistemas de defesa, ataque e de radares e sonares.
O NAM Atlântico chega ao Rio Grande do Sul transportando 1.350 militares da Marinha, 154 toneladas de todo tipo de doação recolhidas pelo Brasil e ainda 38 veículos do Corpo de Fuzileiros Navais para darem auxílio às ações de salvamento. Há ainda duas modernas estações móveis de tratamento de água capazes de produzir mais de 20 mil litros do precioso e vital líquido por hora.
Investimento de R$ 350 milhões, o Navio-Aeródromo Multipropósito é uma das mais modernas e eficientes máquinas de guerra das Forças Armadas do Brasil. Em tempos de “paz”, como os que vivemos, sua magnífica capacidade de ação deve ser de fato empregada da forma como vemos agora no Rio Grande Sul, ou seja, para servir e ajudar o povo brasileiro em situação de calamidade diante de uma tragédia de dimensões apocalípticas. Aliás, essa deveria ser a função dessas organizações militares, como a Marinha, não ficar se envolvendo em tramas políticas rasteiras para fomentar e dar suporte a golpes de Estado, minando o regime democrático da nação.