50 DIAS

Fugitivos de Mossoró dizem ter sido agredidos pelos policiais após recaptura, diz site

Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, apontados como matadores do Comando Vermelho, foram procurados por 50 dias após histórica fuga de presídio federal de segurança máxima

Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, os fugitivos de Mossoró.Créditos: Reprodução
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Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento são os dois criminosos apontados como matadores do Comando Vermelho que empreenderam uma inédita fuga de um presídio federal de segurança máxima e conseguiram manter-se do lado de fora das grades por 50 dias. Eles escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, em 14 de fevereiro, e foram recapturados na última quinta-feira (4).

Na sexta-feira (5) passaram por audiência de custódia e de acordo com reportagem da coluna Na Mira, do Metrópoles, disseram ter sido agredidos por policiais após a recaptura com pisões na cabeça e chutes nas costas.

Eles foram capturados pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal em Marabá, no sudeste do Pará. O serviço de inteligência da PF estava monitorando havia alguns dias três celulares que eram usados pelos criminosos, e com isso descobriu que eles já estavam a 1.600 km de Mossoró. Uma ponte que cruza o rio Tocantins foi fechada nos dois sentidos e os dois fugitivos, acompanhados de quatro “seguranças”, que tinham até um fuzil norte-americano Colt calibre 5.56, foram presos sem sequer terem tempo de esboçar uma reação.

No entanto, uma pergunta deixou todos que acompanharam a caçada aos fugitivos encafifados: por que os dois condenados estavam tão longe e aparentemente numa rota que não os levaria de volta ao Acre, estado natal deles, onde eram lideranças de uma facção criminosa filiada ao Comando Vermelho, do Rio de Janeiro?

Segundo as autoridades federais, Deibson e Rogério estavam se preparando para deixar o território brasileiro. Os investigadores já teriam a informação que eles iriam escapar para o Suriname, um país em meio à floresta amazônica que faz fronteira com o extremo norte do Pará. Já há uma atuação de quadrilhas do crime organizado aqui do Brasil que atuam naquela zona, que por fragilidade das autoridades locais e pelo difícil acesso, numa região de selva, serve de porto seguro para criminosos que se escondem da polícia.