A aeronave da Polícia Federal que caiu e explodiu na tarde desta quarta-feira (6) na cabeceira da pista do aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG), um Cessna Aircraft 208B, matando dois agentes da corporação e deixando um mecânico de manutenção de uma empresa terceirizada ferido, é do mesmo modelo que levou o então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a cadeia em Curitiba, em abril de 2018. No caso da aeronave que se acidentou, o prefixo era PR-AAB, enquanto a que transportou Lula era PR-AAC.
Naquela ocasião, por conta das condenações impostas pelo então juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato, que politicamente perseguiu setores da esquerda, tendo sido desmascarada posteriormente como uma das maiores farsas judiciais da história, com inúmeras sentenças anuladas por ilegalidades nos processos, Lula foi conduzido de helicóptero de São Bernardo do Campo, onde estava, até o aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Lá ele foi colocado num avião idêntico ao acidentado nesta tarde, que decolou para Curitiba, para que começasse a cumprir pena na Superintendência da Polícia Federal no estado.
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O modelo de aeronave, considerado o mais simples e menos confortável da Polícia Federal, despertou estranheza à época ao ser escolhido como meio de transporte para conduzir um ex-presidente, já que outras figuras muito menos importantes investigadas na Lava Jato eram transportadas em jatos do órgão policial. O fato estranho foi esclarecido recentemente, na segunda-feira (4), em entrevista ao Fórum Onze e Meia, pelo advogado Roberto Bertholdo, uma das vítimas de perseguição e lawfare por parte de Moro, que também foi condenado e ficou preso por mais de um ano.
“Essa gente da República de Curitiba tinha verdadeiro prazer isso [maus tratos a réus]... Eu tenho informação, por exemplo, de que foi o Sérgio Moro que escolheu o avião que iria transportar o presidente Lula quando ele saiu do sindicato em São Bernardo... Ele escolheu, ele entrou em contato com a Polícia Federal e determinou que o avião que seria utilizado para transportar o presidente Lula fosse um avião precário... Quer dizer, ele disfruta, ele tem um sadismo, uma personalidade sádica, ao ponto de que ele escolhia isso”, revelou Bertholdo.