BRUTALIDADE

Segue o mistério do caso de pai, mãe e bebê de 7 meses fuzilados em Niterói

Polícia Civil do Rio de Janeiro, aparentemente, não vê sentido no crime. Entende como as autoridades estão tentando esclarecer o crime bárbaro e até agora sem motivação

Filipe e Rayssa com o pequeno Miguel Filipe.Créditos: Arquivo pessoal
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue sem entender o que teria motivado um brutal fuzilamento de uma jovem família em Niterói, enquanto pai, mãe e o filho bebê trafegavam de carro por uma via pública, na noite de domingo (17). Não nenhuma pista concreta até agora que possa apontar para uma explicação para o crime.

Filipe Rodrigues, de 24 anos, que era motorista de aplicativo e gesseiro, Rayssa Santos, de 23, e o pequeno Miguel Filipe, de apenas 7 meses, estavam num Volkswagen Voyage branco, alugado pelo rapaz para trabalhar, passando pela Estrada Bento Pestana, no bairro Baldeador, quando uma moto emparelhou com o automóvel e um dos ocupantes passou a disparar várias vezes contra a família, usando uma pistola .40. Miguel e Rayssa morreram na hora, enquanto a criança de colo, ferida na cabeça e no joelho, chegou a ser encaminhada a um hospital da região, mas não resistiu.

Informalmente, os investigadores da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) dizem que “não descartam qualquer hipótese” para o triplo assassinato, embora a Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro tenha informado que não se manifestará, por ora, sobre o andamento do caso. As autoridades já mapearam algumas informações preliminares, de diversas naturezas, para tentar adotar uma linha na apuração.

Entre os fatos levantados até o momento está um suposto valor de R$ 5 mil que Filipe teria dito que “pegaria”, embora não se saiba se fruto de algum trabalho realizado ou se de um empréstimo, para dar entrada numa casa que ele queria comprar para viver com a mulher e o filho. O jovem comentou o assunto num churrasco de família pouco antes do crime e teria inclusive detalhado que buscaria esse aporte ainda no domingo (17). Em relação a essa hipótese, a polícia estaria diante de um caso de latrocínio, embora o crime não tenha características nesse sentido.

Outra informação levantada pelos policiais civis é a de que Rayssa tinha uma medida protetiva em vigor contra um ex-companheiro, ainda que detalhes sobre o que motivou tal decisão judicial não tenham sido explicados, tampouco a data de sua emissão.

Por fim, os investigadores também cogitam que a família possa ter sido confundida com bandidos rivais ao de uma facção criminosa que domina a região onde o crime aconteceu.